Assine nosso boletim de postagens

sábado, janeiro 19, 2008

Igreja hoje tem ainda maior necessidade da fidelidade dos jesuítas, diz Papa

Em uma carta enviada ao Pe. Peter-Hans Kolvenbach, S.J.


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI escreveu uma carta de agradecimento ao Pe. Peter-Hans Kolvenbach, S.J., até agora prepósito geral da Companhia de Jesus, na qual reconhece que a Igreja tem particular necessidade, neste momento, da fidelidade dos jesuítas.

A carta, com data de 10 de janeiro, foi distribuída pela cúria geral da Companhia em plena 35ª Congregação Geral que, entre as tarefas previstas, elegerá o sucessor do Pe. Kolvenbach.

«Eu gostaria de expressar meu agradecimento em primeiro lugar ao senhor, querido e venerado padre prepósito geral – confessa o Papa –, que desde 1983 está guiando de modo iluminado, sábio e prudente a Companhia de Jesus, procurando da melhor forma mantê-la no rumo do carisma inaciano.»

«O senhor – acrescenta –, por razões objetivas, pediu várias vezes para ser exonerado de seu cargo, assumido com grande senso de responsabilidade em um momento não fácil da história da Ordem.»

O Papa agradece também os «colaboradores diretos» do Pe. Kolvenbach, «os participantes da Congregação Geral e todos os jesuítas espalhados pelo mundo inteiro».

«Como não reconhecer a valiosa contribuição que a Companhia oferece à ação da Igreja em vários campos e de muitas maneiras?», pergunta-se o bispo de Roma. «Contribuição verdadeiramente grande e benemérita, que só o Senhor poderá recompensar devidamente».

O Papa quer que suas palavras «sirvam de alento e estímulo para realizar cada vez melhor o ideal da Companhia, em plena fidelidade ao Magistério da Igreja».

«Trata-se de uma ‘peculiar’ fidelidade, sancionada também, para não poucos de vós, por um voto de obediência imediata ao Sucessor de Pedro ‘perinde ac cadaver’», explica.

«Desta vossa fidelidade, que constitui o sinal distintivo da Ordem, a Igreja tem ainda maior necessidade hoje, em uma época em que se adverte a urgência de transmitir, de maneira integral, a nossos contemporâneos, distraídos por tantas vozes discordantes, a única e imutável mensagem de salvação que é o Evangelho».

Para isso, o pontífice pede que «a vida dos membros da Companhia de Jesus, como também sua investigação doutrinal, esteja sempre animada por um verdadeiro espírito de fé e comunhão em dócil sintoma com as indicações do Magistério».

Neste sentido, o Papa confessa: «desejo vivamente que a presente Congregação Geral reafirme com clareza o autêntico carisma do fundador, para alentar todos os jesuítas a promover a verdadeira e sã doutrina católica».

Por este motivo, considera que «poderá ser muito útil que a Congregação Geral reafirme, no espírito de Santo Inácio, a própria adesão total à doutrina católica, em particular sobre pontos neurálgicos hoje fortemente atacados pela cultura secular, como, por exemplo, a relação entre Cristo e as religiões, alguns aspectos da teologia da libertação e vários pontos da moral sexual, sobretudo no que se refere à indissolubilidade do matrimônio e à pastoral das pessoas homossexuais».

Acompanhando a carta papal, a cúria geral publicou um comunicado no qual explica que «a Companhia de Jesus, são palavras do Pe. Kolvenbach, declara a vontade de responder sinceramente aos convites e aos pedidos do Santo Padre».

«A Congregação geral dedicará a estes toda a atenção devida no transcurso de suas sessões de trabalho, uma considerável parte das quais será consagrada precisamente aos temas da identidade e da missão dos jesuítas e da obediência religiosa e apostólica, em particular da obediência ao Papa», conclui o comunicado.

A Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, em 1540, está hoje estendida por 127 países e composta por 19.564 religiosos.

  ©Servos de Maria - Associação Católica Servos de Maria - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo