Falece cardeal Laghi, grande enviado de João Paulo II
Prefeito emérito da Congregação para a Educação Católica
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 12 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI manifestou seus pêsames ao receber a notícia do falecimento, aos 86 anos, do cardeal italiano Pio Laghi, prefeito emérito da Congregação para a Educação Católica, que cumpriu com importantes missões diplomáticas confiadas por João Paulo II.
O antigo enviado papal a George Bush para tentar evitar a guerra no Iraque, núncio apostólico na Argentina e nos Estados Unidos, delegado apostólico em Jerusalém e Palestina, faleceu nas primeiras horas do domingo, 11 de janeiro, em um hospital de Roma, onde estava internado há tempos por causa de uma grave enfermidade.
O purpurado era patrono da Soberana Ordem Militar de Malta.
Em um telegrama dirigido aos sobrinhos do purpurado, Bento XVI recorda o «longo e generoso serviço à Santa Sé, em particular como representante pontifício em diversos países e como prefeito da Congregação para a Educação Católica».
«Desejo expressar-vos, da mesma forma que a todos os familiares, minha profunda participação no luto que afeta quem conheceu e estimou o falecido purpurado, e enquanto elevo fervorosas orações a Deus para que lhe conceda o prêmio prometido aos fiéis servidores do Evangelho, envio de todo coração a quem lamenta sua morte uma especial e consoladora bênção apostólica», explica o Papa.
A Sala das Celebrações Litúrgicas explica que nesta terça-feira, às 11h, no altar da Cátedra da Basílica vaticana, o cardeal Angelo Sodano, decano do colégio cardinalício, celebrará o funeral junto com os demais purpurados.
Ao terminar, o Papa dirigirá sua palavra aos presentes e presidirá o rito da ultima commendatio e da valedictio.
O cardeal nasceu em Castiglione, diocese de Forli-Bentinoro (Itália), em 21 de maio de 1922, e foi ordenado sacerdote em 20 de abril de 1946. Após licenciar-se em Teologia e Direito Canônico, entrou ao serviço diplomático da Santa Sé, sendo enviado, em 1952, como secretário da nunciatura de Manágua, na Nicarágua.
Três anos depois foi enviado à delegação apostólica de Washington (naquela época os Estados Unidos e a Santa Sé não tinham relações diplomáticas) e, em 1961, à nunciatura de Déli, na Índia.
Em 1964, regressou a Roma para trabalhar na Secretaria de Estado. Em 1969, Paulo VI o nomeou arcebispo e o designou como delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina. Nos cinco anos em que cumpriu essa missão, foi também pró-núncio apostólico no Chipre e visitador apostólico da Grécia.
Em abril de 1974, o próprio Papa o enviou como núncio apostólico à Argentina, onde permaneceu até 1980, quando foi nomeado delegado apostólico nos Estados Unidos. Em 1984, desempenhou um papel decisivo na inauguração das relações diplomáticas da Santa Sé com esse país, convertendo-se em pro-núncio apostólico.
Em 6 de abril de 1990 foi nomeado por João Paulo II como prefeito da Congregação para a Educação Católica, cargo que manteve até 15 de novembro de 1999. O mesmo Papa o criou cardeal em 1991.
Era patrono da Soberana Ordem Militar de Malta desde 1993 e, desde 1992, era presidente do Oratório Pontifício de São Pedro, a instituição que organiza as atividades juvenis da paróquia vaticana.
Foi enviado especial por João Paulo II a Israel e diante da Autoridade Palestina para entregar uma mensagem autógrafa do Papa para alentar o cessar-fogo entre as duas partes e reiniciar o diálogo, em 30 de maio de 2001.
O mesmo Papa lhe mandou como seu enviado especial ao presidente dos Estados Unidos, Georger W. Bush, para entregar-lhe uma mensagem na qual lhe ilustrava a posição e as iniciativas empreendidas pela Santa Sé para contribuir para o desarmamento e para a paz no Oriente Médio, em 1º de março de 2003. Bush não escutou a petição do enviado papal de deter o conflito e em 19 de março começava a invasão do Iraque.
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 12 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI manifestou seus pêsames ao receber a notícia do falecimento, aos 86 anos, do cardeal italiano Pio Laghi, prefeito emérito da Congregação para a Educação Católica, que cumpriu com importantes missões diplomáticas confiadas por João Paulo II.
O antigo enviado papal a George Bush para tentar evitar a guerra no Iraque, núncio apostólico na Argentina e nos Estados Unidos, delegado apostólico em Jerusalém e Palestina, faleceu nas primeiras horas do domingo, 11 de janeiro, em um hospital de Roma, onde estava internado há tempos por causa de uma grave enfermidade.
O purpurado era patrono da Soberana Ordem Militar de Malta.
Em um telegrama dirigido aos sobrinhos do purpurado, Bento XVI recorda o «longo e generoso serviço à Santa Sé, em particular como representante pontifício em diversos países e como prefeito da Congregação para a Educação Católica».
«Desejo expressar-vos, da mesma forma que a todos os familiares, minha profunda participação no luto que afeta quem conheceu e estimou o falecido purpurado, e enquanto elevo fervorosas orações a Deus para que lhe conceda o prêmio prometido aos fiéis servidores do Evangelho, envio de todo coração a quem lamenta sua morte uma especial e consoladora bênção apostólica», explica o Papa.
A Sala das Celebrações Litúrgicas explica que nesta terça-feira, às 11h, no altar da Cátedra da Basílica vaticana, o cardeal Angelo Sodano, decano do colégio cardinalício, celebrará o funeral junto com os demais purpurados.
Ao terminar, o Papa dirigirá sua palavra aos presentes e presidirá o rito da ultima commendatio e da valedictio.
O cardeal nasceu em Castiglione, diocese de Forli-Bentinoro (Itália), em 21 de maio de 1922, e foi ordenado sacerdote em 20 de abril de 1946. Após licenciar-se em Teologia e Direito Canônico, entrou ao serviço diplomático da Santa Sé, sendo enviado, em 1952, como secretário da nunciatura de Manágua, na Nicarágua.
Três anos depois foi enviado à delegação apostólica de Washington (naquela época os Estados Unidos e a Santa Sé não tinham relações diplomáticas) e, em 1961, à nunciatura de Déli, na Índia.
Em 1964, regressou a Roma para trabalhar na Secretaria de Estado. Em 1969, Paulo VI o nomeou arcebispo e o designou como delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina. Nos cinco anos em que cumpriu essa missão, foi também pró-núncio apostólico no Chipre e visitador apostólico da Grécia.
Em abril de 1974, o próprio Papa o enviou como núncio apostólico à Argentina, onde permaneceu até 1980, quando foi nomeado delegado apostólico nos Estados Unidos. Em 1984, desempenhou um papel decisivo na inauguração das relações diplomáticas da Santa Sé com esse país, convertendo-se em pro-núncio apostólico.
Em 6 de abril de 1990 foi nomeado por João Paulo II como prefeito da Congregação para a Educação Católica, cargo que manteve até 15 de novembro de 1999. O mesmo Papa o criou cardeal em 1991.
Era patrono da Soberana Ordem Militar de Malta desde 1993 e, desde 1992, era presidente do Oratório Pontifício de São Pedro, a instituição que organiza as atividades juvenis da paróquia vaticana.
Foi enviado especial por João Paulo II a Israel e diante da Autoridade Palestina para entregar uma mensagem autógrafa do Papa para alentar o cessar-fogo entre as duas partes e reiniciar o diálogo, em 30 de maio de 2001.
O mesmo Papa lhe mandou como seu enviado especial ao presidente dos Estados Unidos, Georger W. Bush, para entregar-lhe uma mensagem na qual lhe ilustrava a posição e as iniciativas empreendidas pela Santa Sé para contribuir para o desarmamento e para a paz no Oriente Médio, em 1º de março de 2003. Bush não escutou a petição do enviado papal de deter o conflito e em 19 de março começava a invasão do Iraque.