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sábado, maio 30, 2009

SANTO AGOSTINHO NEGOU O PRIMADO DE PEDRO?

A MENTIRA- SANTO AGOSTINHO NEGOU O PRIMADO DE PEDRO
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A MENTIRA:
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"...muitos eram a favor de que Pedro era o fundamento da igreja em Mateus 16:18, b]mas um número maior ainda era contra essa interpretação, como por exemplo, Agostinho, bispo de Hipona..."
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“... Exemplo disso é
Santo Agostinho que, em uma de suas obras,13 expressamente afirma que sempre, salvo uma vez, ele havia explicado as palavras sobre esta pedra — não como se referissem à pessoa de Pedro, mas sim a Cristo, cuja divindade Pedro havia reconhecido e proclamado..."

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PARA JUSTIFICAR A MENTIRA ELES CITAM O SERMÃO 295 DE ST. AGOSTINHO:
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Numa passagem neste livro, eu disse sobre o Apóstolo Pedro: ‘Sobre ele, como uma pedra, a Igreja foi construída'...Mas eu sei que mui freqüentemente em um tempo atrás, eu expliquei que o Senhor disse: ‘Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja', que é para ser entendido como construída sobre Ele, a quem Pedro confessou dizendo: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo', e assim Pedro, chamado depois esta pedra, representou a pessoa da Igreja que é construída sobre esta pedra, e recebeu ‘as chaves do reino do céu'. Porque, ‘Tu és Pedro' e não ‘Tu és a pedra' foi dito a ele. Mas ‘a pedra era Cristo', em quem confessando, como também toda a Igreja confessa, Simão foi chamado Pedro. Mas que o leitor decida qual dessas duas opiniões é a mais provável. (The Fathers of the Church (Washington D.C., Catholic University, 1968), Saint Augustine, The Retractations Capítulo 20.1).
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ONDE SE ENCONTRA A MENTIRA:
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http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=97&menu=2&submenu=2
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http://www.icp.com.br/70materia1.asp
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A VERDADE DOCUMENTAL:
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Para justificar a mentira os Sites enganadores usam o Sermão 295 de Santo Agostinho, usando de uma estratégia comum entre Protestantes
eles omitem o resto do Sermão e destacam o que lhe é de interesse..
Vejamos:

Primeiramente leiam a parte que destaquei em azul no texto que os protestantes utilizam...
Santo Agostinho termina com a seguinte frase:

Mas que o leitor decida qual dessas duas opiniões é a mais provável.

Nessa frase o Santo já deixa explícito que a afirmação de que Pedro não é a pedra é uma questão que o leitor deve decidir.

Mas analisemos mais detalhadamente, o Sermão no qual Santo Agostinho afirma que é sobre a profissão de fé de São Pedro que Jesus construiria Sua Igreja. Trata-se do Sermão 295. Nele é que está a famosa frase usada pelos protestantes na tentativa de fazer crer que o grande doutor de Hipona negava o primado petrino: "Sobre a afirmação que (tu, Simão) fizeste:?tu és o filho do deus vivo?, construirei minha Igreja".


No entanto, vejamos outros trechos deste mesmo Sermão (todos os grifos foram acrescentados):
São Pedro, o primeiro dos Apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: Por isto eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (...). Dentre os apóstolos, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja toda. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. Na verdade, quem recebeu estas chaves não foi um único homem, mas a Igreja uma. Assim, manifesta-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja (...). A ele era atribuído pessoalmente o que a todos foi dado. (...) No mesmo sentido, também depois da Ressurreição, o Senhor entregou a Pedro a responsabilidade de apascentar Suas ovelhas. (...) E dirigiu-se a Pedro, de preferência aos outros, porque, dentre os apóstolos, Pedro é o primeiro."

Note que no texto acima, Santo Agostinho chega a identificar São Pedro com a própria Igreja.

Pergunto, há alguma dúvida ainda de que Santo Agostinho cria no primado petrino e pregava tal verdade de fé?
Algo particular que Santo Agostinho ensinou, é que São Pedro na passagem Mt 16,18-19 "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não a vencerão. Eu te darei as chaves do Reino dos céus."não recebeu sozinho o poder das chaves, e sim toda a Igreja. Na época O Santo Bispo de Hipona combatia os hereges Montanistas e os Novacianos que negavam o poder da Igreja de perdoar os pecados, e esses últimos diziam que tal poder era pessoal, e teria desaparecido com a morte de São Pedro. Eis mais um dos textos de Santo Agostinho, sobre esse tema:

Comentário ao Evangelho do III domingo da Páscoa - ano C (Jo 21,1-19)

Quando interrogava a Pedro, o Senhor interrogava também a nós
Quando ouves o Senhor dizendo: Pedro, tu me amas? (Jo 21,16), lembra-te de um espelho e procura ver-te nele. Pois que outra coisa Pedro aí fazia se não representar a Igreja? Por isso, quando interrogava a Pedro, o Senhor nos interrogava também a nós, interrogava a Igreja. Para saberes que Pedro era figura da Igreja, recorda aquela passagem do Evangelho: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não a vencerão. Eu te darei as chaves do Reino dos céus (Mt 16,18-19).
É um homem só que as recebe. Quais sejam as chaves do Reino dos céus ele explicou assim: O que ligares na terra será ligado nos céus e o que desligares na terra será desligado nos céus (Mt 16,19).
Mas, se apenas a Pedro é que isso se disse, somente Pedro é que fez isso: morreu e partiu. Quem, portanto, liga e quem desliga? Ouso afirmar que também nós temos essas chaves.



Não só Santo Agostinho defendeu o primado de Pedro, como também muitos outros Padres da Igreja, bem mais antigos que o próprio Bispo de Hipona.
Vejamos agora alguns textos adicionais de Santo Agostinho que, comparados com outros, nos dão uma perspectiva real da opinião do Santo:


"Ainda prescindindo da sincera e genuína sabedoria..., que em vossa opinião não se encontra na Igreja Católica, muitas outras razões me mantém em seu seio: o consentimento dos povos e das gentes; a autoridade, erigida com milagres, nutrida com a esperança, aumentada com a caridade, confirmada pela antigüidade; a sucessão dos bispos desde a própria sé do Apóstolo Pedro, a quem o Senhor confiou, depois da ressurreição, o apascentamento de suas ovelhas até o episcopado de hoje; e, por fim, o próprio apelativo de 'católica', que não sem razão apenas a Igreja alcançou... Estes vínculos do nome cristão - tantos, grandiosos e dulcíssimos - mantêm o crente no seio da Igreja católica, apesar de que a verdade, por causa da torpeza de nossa mente e indignidade de nossa vida, ainda não se apresenta" (Santo Agostinho, C. ep. Man. 4,5).

No texto anterior, Santo Agostinho demonstra ver diferença entre a confissão de fé com o ministério do episcopado. Nem todos, por apenas confessar a fé, são bispos; tampouco todos são sucessores do apóstolo Pedro enquanto o seu ministério.
e a sucessão dos bispos for levada em conta, quanto mais certa e benéfica a Igreja que nós reconhecemos chegar até o próprio Pedro, aquele que portou a figura da Igreja inteira, a quem o Senhor disse: 'Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela'. O sucessor de Pedro foi Lino, e seus sucessores em ordem de sucessão ininterrupta foram estes: Clemente, Anacleto, Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Aniceto, Pio, Sótero, Eleutério, Victor, Zeferino, Calisto, Urbano, Ponciano, Antero, Fabiano, Cornélio, Lúcio, Estêvão, Sisto, Dionísio, Félix, Eutiquiano, Caio, Marcelino, Marcelo, Eusébio, Miltíades, Silvestre, Marcos, Júlio, Libério, Dâmaso e Sirício, cujo sucessor é o presente bispo Anastácio. Nesta ordem de sucessão, nenhum bispo donatista é encontrado" (Santo Agostinho, Ep. 53,2).

Novamente aqui vemos o mesmo. Para o santo bispo de Hipona, o ministério concedido a Pedro era desempenhado especificamente pelos bispos de Roma em sucessão ininterrupta. Logo após apresentar este texto a um amigo protestante, ele manteve sua teimosia: "Não vejo aí nenhum Papado". Atitude particularmente obstinada, para quem lê um texto onde se fala da sucessão apostólica dos bispos de Roma, da sua sucessão no ministério do Apóstolo Pedro e, como não fosse suficiente, da lista dos papas até Anastácio (o Papa da época). Que mais poderia querer? Que fosse apresentado o título de "Papa"?
Ora, isto também ocorre em inumeráveis ocasiões, as quais seria muito trabalhoso enumerar; conformemo-nos, pois, em apontar uma delas: na obra, "Sobre o Pecado Original", aparece 13 vezes nos capítulos 2, 7, 8 e 9. Ali se expressa, com muita reverência, sobre os pontífices e se lêem frases como "o mais bendito papa Zózimo em Roma" (capítulo 2), "o venerável papa Zózimo" (capítulos 8 e 9), "o mais bendito papa Inocêncio" (capítulos 8 e 10), "o mais bendito papa Zózimo" e "o santo papa Inocêncio" (capítulo 9), "o santo papa Zózimo" (capítulos 10 e 19) e "o papa Inocêncio, de bendita memória" (capítulo 19).
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Há evidência adicional suficiente para estarmos seguros de ir contrário à tendência que propõe a negação do primado na raiz destas frases existentes nos sermões do Santo. Quem pensa assim deveria explicar se compartilham do mesmo pensamento de Santo Agostinho quando este afirma que a igreja dos donatistas não pode ser a verdadeira por não ser católica, una, santa e apostólica e que quem se afasta da Igreja sacrifica a sua própria salvação (Bapt. 4,17.24). Segundo estas afirmações, bastaria a confissão de fé como fundamento para a edificação da Igreja?
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E pra finalizar ficaremos com a célebre frase de Santo Agostinho que desmorona qualquer tentativa protestante que queira alegar que ele era contra o Primado...
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ROMA LOCUTA CAUSA FINITA ESTA – “Roma falou, encerrada a questão(Santo Agostinho Sermão 131,10)
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Vemos, portanto, que Santo Agostinho, na verdade, era um árduo defensor do papado.
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Vemos assim o argumento protestante ir por água abaixo mais uma vez...
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•Comentário: Apologética: Pedro, a Pedra - Testemunho dos Padres do Oriente
http://www.veritatis.com.br/article/4693
•Comentário: Montfort: Santo Agostinho e o Primado de Pedro.
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=outros&artigo=20050129222002&lang=bra
•Comentário: Reposta sobre o Primado de Pedro
http://www.veritatis.com.br/article/3257. Desde 4/25/2005
http://www.veritatis.com.br/article/4166

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