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sexta-feira, setembro 11, 2009

Celibato na idade média

pergunta:celibato na idade média
na última aula de história segundo o professor qdo a Igreja instituiu o celibato obrigatório lá pelo séc XII, os padres que eram casados ou deixavam o ofício ou se divorciavam!! procede??
resposta: a Igreja sempre foi a favor da família e o divorcio não tem relação nenhuma com o celibato...Na época da Igreja apostólica, o celibato possui um valor positivo e é reconhecido como estado de vida ao lado do matrimônio. Tanto um como o outro eram vistos como carismas particulares. É possível que tenham havido casos de matrimônios "espirituais", em que homem e mulher viviam juntos como irmãos (Paulo fala de uma situação como esta em sua primeira epístola aos Coríntios, por volta do ano 57). No final do séc. I e no séc. II existem muitos homens e mulheres celibatários (ascetas e virgens) "em honra da carne do Senhor" (Inácio de Antioquia). A princípio, havia uma ambigüidade entre a virgindade e o estado de viuvez permanente. Por volta de 150, Justino se refere a homens e mulheres que se conservaram "incorruptos", alcançando a idade de 60 ou 70 anos. O mesmo diz Atenágoras, em torno do ano 177. Apesar disso, ainda não existe no séc. II uma forma definida para o celibato cristão.Na virada do segundo para o terceiro século, sob influência da gnose e do encratismo, surgem apologias a favor do celibato como estado de vida melhor do que o matrimônio. Clemente de Alexandria defende a santidade do casamento e ensina que a continência só é virtuosa quando vivida por amor a Deus. Aos poucos começa a se impor um novo ponto de vista, que considera a virgindade como uma forma de matrimônio místico com o Senhor. Após o ano 200, as "virgines Deo devotae" usam véu para indicar suas núpcias espirituais (Tertuliano, Sobre a oração, 22, escrito entre 200 e 206). Mas o voto de virgindade não possui caráter de ordenação, como atesta Hipólito em sua Tradição Apostólica.
Para Orígenes (que havia se castrado depois de ler Mt 19,12, detalhe peculiar) a virgindade supera o matrimônio porque enquanto este é figura da união de Cristo com a Igreja, aquela é sua realização mística e mais perfeita. Novaciano compara a virgindade com o estado angélico e Tertuliano leva ao extremo a sua exaltação, influenciado pelo montanismo. Cipriano vê a consagração virginal como esponsais com Cristo. Ele é o primeiro a usar o termo "virgindade" para se referir ao celibato masculino. Metódio de Olimpo (+311) fala dos celibatários Elias, Eliseu, João Batista, João Evangelista e Paulo, entre outros.A Igreja síriaca, até o séc. III, conserva o costume do celibato em família (os filhos consagrados permaneciam com os pais). Efrém reagirá contra esta prática. Hilário de Poitiers chamará de caelebs o não casado por razões de fé e de coelibatus o seu estado de vida.Atanásio (295-373), que conhece o ideal monástico de Santo Antão, define o matrimônio como "via mundana", enquanto a virgindade é o caminho mais eficaz para alcançar a perfeição.Quando se encerrar o terceiro século, o celibato terá finalmente encontrado seu lugar na vida e na espiritualidade cristãs: estado superior ao casamento, comparado com a condição angélica, esponsais com Cristo, núpcias místicas, oferecimento total e perfeito a Deus. O monaquismo lhe dará forte impulso.No ano 300, o Concílio de Elvira, na Espanha, determina a obrigatoriedade do celibato para os padres e bispos da província. Com o passar do tempo esta disciplina se estenderá a toda a Igreja.FONTE: http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja/30.php
Corrigindo o professor do “celibato obrigatório lá pelo séc XII”:.O CELIBATO é Bíblico: (1º Cor, 7, 32-34) “ E bem quisera eu, que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher”..Tertuliano, cristão primitivo, falecido pelo ano 222, já dizia em sua obra "os clérigos são celibatários voluntários." (Apologética 197)..A verdade histórica é que, o celibato clerical, já praticado voluntariamente, foi apenas sancionado na Igreja latina, mediante os decretos aprovados nos concílios de Elvira em 306, e de Roma em 386. Eis as provas:.ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA: “... Por volta de 306 Reuniram-se em Elvira (antiga cidade perto de Granada. Espanha), 19 bispos e 24 presbíteros da península ibérica que decretaram o celibato do Clero... “. Verbete “Concílio”.ENCICLOPÉDIA TIO SAM: “... Já no século IV, quando do Concílio de Elvira, começou-se a promover na Igreja Católica, o celibato entre os padres. Neste concílio provincial (Elvira era uma cidade romana, junto a Granada) foi imposta a "continência sob pena de degradação". Verbete “Celibato”..
No rito oriental, há séculos, há muitíssimos voluntários padres casados, vivos e falecidos, e nunca viúvas exigiram idenizações à Igreja. Puro embuste.
Em nenhum dos casos permite-se o casamento de padres. No rito oriental, (antes da ordenação), casados podem ser padres; padres não podem casar. – Nas igrejas orientais, há a opção. Antes de se ordenar, o padre decide se vai ser celibatário ou se vai casar. Uma vez ordenado, o padre não pode mais casar. No Líbano, metade dos padres é casada, metade não.O apóstolo Paulo celibatário, escrevendo à Timóteo, também celibatário, já respeitava a cultura muitas vezes de bigamia dos homens orientais, preferindo diante da falta de solteiros, os sóbrios casados com uma só mulher:(I Timóteo 3,2)“Pois é preciso que o bispo seja irrepreensível, casado uma só vez, sóbrio, ponderado, educado, hospitaleiro, apto para o ensino;”Eis a sintonia antiga com a tradição daquela região.

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