INOVAÇÕES, TRADIÇÃO E SOLA SCRIPTURA
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É comum lermos em textos protestantes a objeção de que o Catolicismo tem, no decorrer dos séculos, criado várias “inovações doutrinárias”. Segundo tal alegação, a grande responsável por tais inovações é a Santa Tradição apostólica, ou seja, para eles a Tradição é que tem gerado acréscimos doutrinários na nossa dogmática Católica.
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Façamos aqui uma breve análise disso e vejamos até onde vai a verdade:
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1- Será mesmo a Tradição a responsável por alteração doutrinária em alguma Igreja? Será mesmo que é a Tradição que facilita o acréscimo doutrinário de algum grupo religioso ou é a Sola Scriptura que facilita esse acréscimo ou mesmo redução no campo doutrinário? Não é justamente a Tradição que nos AMARRA às origens e nos impede de nos desviarmos dos primórdios doutrinários e consequentemente impossibilita o surgimento de doutrinas novas?
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2- Por que quando perguntamos aos protestantes quais são esses acréscimos, eles não se entendem, mas contraditória e conflituosamente não entram em consenso no que juram ser inovação doutrinária Católica? Para ser mais claro: por que uns, por exemplo, consideram o batismo infantil como uma heresia oriunda da Tradição e outros, também seguidores da Sola Scriptura, dizem que não o é?
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É comum lermos em textos protestantes a objeção de que o Catolicismo tem, no decorrer dos séculos, criado várias “inovações doutrinárias”. Segundo tal alegação, a grande responsável por tais inovações é a Santa Tradição apostólica, ou seja, para eles a Tradição é que tem gerado acréscimos doutrinários na nossa dogmática Católica.
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Façamos aqui uma breve análise disso e vejamos até onde vai a verdade:
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1- Será mesmo a Tradição a responsável por alteração doutrinária em alguma Igreja? Será mesmo que é a Tradição que facilita o acréscimo doutrinário de algum grupo religioso ou é a Sola Scriptura que facilita esse acréscimo ou mesmo redução no campo doutrinário? Não é justamente a Tradição que nos AMARRA às origens e nos impede de nos desviarmos dos primórdios doutrinários e consequentemente impossibilita o surgimento de doutrinas novas?
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2- Por que quando perguntamos aos protestantes quais são esses acréscimos, eles não se entendem, mas contraditória e conflituosamente não entram em consenso no que juram ser inovação doutrinária Católica? Para ser mais claro: por que uns, por exemplo, consideram o batismo infantil como uma heresia oriunda da Tradição e outros, também seguidores da Sola Scriptura, dizem que não o é?
3- Se olharmos para a história da Sola Scriptura, não vemos exatamente o contrário do que dizem os evangélicos? Se a Sola Scriptura é a garantia de fidelidade doutrinária às origens do povo de Deus, por que, então, há essa infindável Babel no seio dos reformados? Por que sobre NADA eles entram em consenso? Alguns até querem supor que sobre pontos essenciais da fé eles entram em consenso, mas não é bem isso que vemos. A divindade de Cristo, por exemplo, é um ponto fundamental da fé cristã, mas há denominações solascripturistas que juram não termos respaldo bíblico para tal verdade. E dos que creem na divindade de Cristo, ainda há aqueles que negam a dupla natureza do Redentor enquanto esteve na terra. Sendo assim, é inverdade dizer que os protestantes tem unanimidade em alguma coisa. Logo, apesar de seguirem a falsa Sola Scriptura, quase diariamente surgem, no meio deles, inovações doutrinárias. Como podem, então, culpar a Tradição de facilitar a criação de inovações doutrinárias, se eles, apesar de rejeitarem a Tradição, deparam-se frequentemente com tais inovações no próprio rol que defende a Sola Scriptura?
4- Quem disse que o fato de um dogma ser somente proclamado recentemente é prova de desvio bíblico? A verdade é que se surgisse realmente alguma inovação doutrinária na Igreja, esta inovação não seria apenas um desvio bíblico, mas seria SOBRETUDO um desvio da Tradição, pois, como já foi dito antes, é justamente a Tradição que nos prende às origens doutrinárias do Cristianismo primitivo e nos garante a correta interpretação bíblica das origens cristãs. Se um dogma só foi proclamado tempos depois, como a Maternidade divina de Maria, por exemplo, que só foi proclamada em 431, isso não significa dizer que somente a partir daí é que começamos a crer que Maria seja mãe de Deus. É lógico que não. E se isso fosse realmente uma inovação, seria também um desvio da Tradição. Lá em 431, os Pais da Igreja proclamaram a maternidade divina de Maria justamente apelando para a Tradição. Na verdade, quem estava criando uma inovação doutrinária era justamente Nestório, o qual contrariamente a tudo o que sempre foi ensinado estava negando que Maria era mãe de Deus. Portanto, quem segue a Tradição não cria inovações doutrinárias, ao contrário, CONSERVA os velhos princípios das origens cristãs.
Mais: Um dogma é proclamado apenas para oficializar uma doutrina que SEMPRE foi ensinada e para evitar exatamente o desvio doutrinário das origens do Cristianismo. Somente quando tal ponto unânime de fé é questionado é que a Santa Igreja se preocupa em dogmatizá-lo. Logo, não há perigo algum de criarmos inovações a partir da Tradição, pois é exatamente ela, a Tradição, que nos dá essa garantia de termos a primitiva interpretação. É exatamente a Traição que nos prende às primitivas doutrinas, evitando o sugimento de inovações doutrinárias. Sem a Tradição, como saberemos, no meio dessa Babel doutrinária hoje existente, a correta interpretação?
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É exatamente por isso que no Protestantismo a confusão é tremenda, porque eles rejeitam a Tradição. E assim eles perdem a unicidade interpretativa, pois perdem a autoridade que nos garante a tão ansiada correta interpretação da Palavra escrita de Deus.
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5- E dá para entendermos perfeitamente o motivo que leva os protestantes a rejeitarem a Santa Tradição. Aceitar a Tradição seria dar um tiro no próprio pé. Onde na Tradição eles encontrariam respaldo para fundamentar toda essa Babel doutrinária? A Tradição está ai para nos garantir que no início do Cristianismo os cristãos criam exatamente como nós católicos hoje cremos. A Tradição está aí para confirmar que nos primórdios do Cristianismo não existiam denominações diferentes para anunciar o Evangelho de Cristo, o qual nos alerta que só há um Deus, uma fé, um batismo. (Ef 4,5).
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É exatamente por isso que no Protestantismo a confusão é tremenda, porque eles rejeitam a Tradição. E assim eles perdem a unicidade interpretativa, pois perdem a autoridade que nos garante a tão ansiada correta interpretação da Palavra escrita de Deus.
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5- E dá para entendermos perfeitamente o motivo que leva os protestantes a rejeitarem a Santa Tradição. Aceitar a Tradição seria dar um tiro no próprio pé. Onde na Tradição eles encontrariam respaldo para fundamentar toda essa Babel doutrinária? A Tradição está ai para nos garantir que no início do Cristianismo os cristãos criam exatamente como nós católicos hoje cremos. A Tradição está aí para confirmar que nos primórdios do Cristianismo não existiam denominações diferentes para anunciar o Evangelho de Cristo, o qual nos alerta que só há um Deus, uma fé, um batismo. (Ef 4,5).
6- Por que os protestantes lutam tanto pela Sola Scriptura? Justamente porque nela eles podem justificar qualquer inovação doutrinária que pregarem. Como a Bíblia é um livro e livro é facilmente manipulável, obviamente prender-se exclusivamente a ele torna mais fácil conquistar fiéis. Torna mais fácil pregar qualquer coisa e propor qualquer inovação.
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Como se vê, quem realmente FACILITA e concretamente tem gerado INOVAÇÔES DOUTRINÁRIAS na história do Cristianismo é a tão amada SOLA SCRPITURA protestante. E isso é um fato. E contra fatos não há argumentos.
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Como se vê, quem realmente FACILITA e concretamente tem gerado INOVAÇÔES DOUTRINÁRIAS na história do Cristianismo é a tão amada SOLA SCRPITURA protestante. E isso é um fato. E contra fatos não há argumentos.