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sábado, novembro 21, 2009

REFUTANDO OBJEÇÕES CONTRA A SANTA EUCARISTIA


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O que dizer dos argumentos usados pelos protestantes em combate à Santa Eucaristia?
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Os principais argumentos deles são:
1- A expressão MEMÓRIA no episódio da ceia, em 1 Cor 11,24.25, por exemplo;
2- A passagem "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida." Em Jo 6,63;
3- Os textos de Jo 8,12; 10,7; 14,6; 15,5; Lc 13,32; Ef 5,23; 1 Cor 6,19, Ap 5,5; 23,13 nos quais supostamente o verbo SER está em sentido figurado.
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Por que protestante adora ISOLAR texto do contexto?
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Por que na cabeça dos protestantes a palavra MEMÓRIA , no caso da ceia, desmenteria todo o contexto em que claramente se diz que o pão e o vinho são o corpo e o sangue do Senhor e o versículo 66 de João 6 DESMENTERIA todo o contexto que claramente fala do sentido real da presença de Cristo nas espécies eucarísticas? E por que eles também acreditam que os textos citados no item 3 também desmenteriam a passagem da ceia e de João 6? Será que acreditam que a Bíblia se contradiz?
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Mas, analisemos cada item desse:
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1- Os simbolistas costumam negar a veracidade da interpretação católica recorrendo à palavra “memória” em 1 Cor 11,24.25, por exemplo. Acham eles que isso exige a interpretação metafórica do texto. Mas vejamos: sabemos que hermeneuticamente uma palavra só pode ser interpretada corretamente à luz do contexto. Não veem os simbolistas que eles estão isolando a palavra em questão e precipitadamente estão tirando uma conclusão totalmente fora do contexto? Então, quer dizer que tudo o que foi dito antes era mentira? Além disso, o que é mesmo “memória” para os judeus? Para eles memória é reviver tudo o que passou. Quanto à páscoa, por exemplo, eles revivem até hoje como se estivessem saindo novamente do Egito. O que Cristo mandou, com essa palavra, foi que revivêssemos tudo aquilo que ele estava fazendo, e isso o fazemos. Portanto, nada aqui se choca com a interpretação literal da ceia. 2- Não adianta querer fugir do problema isolando João 6,63 do contexto. Nesse versículo, o Mestre de Nazaré diz apenas que não se tratava de comer carne enquanto tal (está claro que esta por si não santifica o homem) nem de comer a carne do Senhor em suas condições terrestres (como se come a carne do açougue), mas, sim, de receber a carne de Cristo glorificada, emancipada das leis do espaço e do tempo. É a carne nessas circunstâncias novas que Jesus chama "espírito"; é espírito, porque está toda penetrada pela Divindade (na verdade, é a Divindade de Cristo que, mediante a carne, vivifica os fiéis na Eucaristia). É interessante que como os simbolistas não têm saída num texto, eles ou isolam uma palavra ou recorrem a outros textos que nada têm a ver com o texto em questão.
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Isso é um claro desvio dos princípios da hermenêutica. Por que não explicam convincentemente o texto em vez de descontextualizar o texto?
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Ao se dar na Eucaristia, Cristo quer se unir perfeitamente ao comungante. As-sim como o alimento do corpo, a bebida material se unem intimamente conosco e se transformam em nós, em nosso próprio sangue, assim também Cristo se une de modo perfeito com aquele que se alimenta desse pão do céu, a Eucaristia. Cristo permanece na alma santificante. Os que não conseguem crer nesse belíssimo sacramento estão longe de entender o amor perfeito, que chega ao extremo de se deixar misturar-se com aquele a quem se ama. A Eucaristia é uma grande demonstração do amor infinito de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nela, ele se deixa alimentar para melhor unir-se a todos nós. 
Ali, segundo João 6, em Cafarnaum, o Mestre já prometera que daria sua carne para ser comida e seu sangue para ser bebida e não há escapatória para interpretação figurada nesse episódio do discurso do pão do céu:
1) Que João 6 e a celebração da ceia referem-se ao mesmo assunto é confirmado apenas quando vemos as palavras carne e sangue como respectivas comida e bebida, e ainda mais quando vemos João fazer questão de destacar que aquele discurso ocorrera numa páscoa (Jo 6,4).
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2) Observe que dos versos 1 ao 20 o autor sagrado enfatiza o milagre da multipli-cação dos pães, demonstrando explicitamente que Jesus tem poder sobre o pão; dos versos 16 ao 21, enfatiza-se o momen-to em que Jesus andou sobre as águas, demonstrando agora que Jesus tem poder sobre o seu corpo. Depois de revelar essas verdades como quem está, e de fato está, preparando o discurso do pão do céu, mostra-se toda a polêmica em que se envolveu o Senhor ao prometer dar a sua carne e seu sangue como comida e bebida. E se realmente o Senhor tem poder sobre o pão e sobre o seu corpo, a Eucaristia é digna de fé.
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3) No verso 51 claramente Jesus diz que o pão prometido era a sua carne. E no verso 56 faz questão de dizer que sua carne e seu sangue são verdadeiramente comida e bebida.
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4) No momento em que muitos discípulos se retiraram por entenderem suas palavras em sentido real, Jesus não recuou, mas perguntou aos seus apóstolos se também não queriam ir com eles. (Jo 6,53-71).
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5) Nos versos 54-56, o Mestre usou o verbo “comer”, no grego trogo o qual sig-nifica “dilacerar com os dentes”. Ora, se o texto fosse simbólico usar-se-ia apenas o verbo grego phagein (comer), mas ao acrescentar um verbo cujo significado é triturar com os dentes, não se dá margem para nenhuma interpretação figurativa.
6) O sentido figurado de João 6 seria um absurdo, pois a expressão “comer carne” na Bíblia significa perseguir, injuriar, acusar (Veja Jó 19,22; 31,31; Sl 27(26),2; Miq 3,3; Dn 3,8; 6,25, Lc 16,1; Gl 5,15; Tg 5,3 e Mt 27,12). Estaria o Senhor prometendo o céu a quem o perseguisse, a quem o injuriasse?
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7) Não podemos concluir, como os simbolistas, que o pão ali prometido é a fé. Claro que não, porque no versículo 51 diz: “O pão que eu darei...”. É uma promessa para o futuro. Ora, a fé muitos já a possuíam. 3- Quanto aos textos em que supostamente o verbo SER está em sentido figurado vejamos:
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a) Em todos esses textos citados o verbo SER mantém o seu significado real. Em Jo 14,6, por exemplo, Jesus não diz que representa ou simboliza o caminho, mas diz que é realmente o caminho. O sentido simbólico desses textos não está no verbo SER, mas sim na palavra que o segue. Jesus é o caminho no sentido de que por ele, e só por ele, chegaremos a Deus. Para se argumentar com esses textos é preciso provar que na celebração da ceia as palavras “corpo” e “sangue” estão em sentido simbólico, o que é impossível, pois como vimos, além das palavras “corpo” e “sangue”, o Mestre acrescenta que se referia ao corpo e ao sangue que seriam dados por nós na cruz do calvário. E no calvário, foram dados realmente o seu corpo e o seu sangue.
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b) Não existe verbo que mais indique a realidade de uma coisa do que o verbo SER: uma coisa ou é ou não é. Usamos tal verbo justamente quando afirmamos algo. Logo, mesmo que em tais textos o verbo SER estivesse em sentido figurado, isto não me autorizaria a interpretá-lo sempre neste sentido. Desse modo, não se teria segurança em nenhuma afirmação.Seguindo esse modo, qualquer pessoa poderia concluir que em Jo 1,1; 20,31 e 1Jo 2,2, por exemplo, o verbo SER está em sentido figurado e que, portanto, Jesus apenas representa ou simboliza Deus; representa ou simboliza o Filho de Deus e representa ou simboliza a propiciação pelos nossos pecados. Ora, para se interpretar o verbo SER em sentido figurado são necessários alguns critérios: ele só pode ser tomado em sentido figurado quando o objeto é feito especialmente para essa finalidade, como um retrato, por exemplo; ou, então, quando se está explicando o sentido das personagens ou coisas de uma parábola, de uma alegoria, de um sonho, ou de uma história simbólica (Como acontece nos textos de Gn 41,26; Dn 7,24; Lc 8,11 e 1 Cor 10,4, nos quais o verbo SER está, de fato, em sentido figurado, no entanto, notemos que os dois primeiros textos são a explicação de um sonho, o de Lucas é a explicação de uma parábola, e o último trata-se de uma alegoria).
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Na ceia, porém, nada disso ocorre. O texto eucarístico difere totalmente da estrutura, inclusive gramatical dos textos citados. Com efeito, em Gn 41,2 o sujeito é “as sete vacas”, em Dn 7,24 é “os dez cornos, em Lc 8,11 é “a semente” e em 1Cor 10,4 o sujeito é “pedra”. Ora, uma vez que o verbo ser aí identifica idéias tão anormais como vacas e anos, chifres e reis, semente e palavra, pedra e Cristo, imediatamente percebe-se a simbologia das frases. Mas nas frases da ceia, o sujeito “Isto” é por natureza indeterminado. Pode significar qualquer coisa. Quem o determinará são justamente as palavras que o seguem: corpo e sangue. Não há, conseqüentemente, nenhum mínimo paralelo entre as frases da ceia e as frases desses textos. Não há, então, nenhuma saída para se interpretar a ceia simbolicamente.A literalidade das palavras da ceia é mais ainda reforçada quando notamos que ela foi deixada em testamento. (Veja Lc 22,20 e 1Cor 11,25). Ora, num testamento devem-se usar palavras claras e simples, não existe lugar para simbolismos incompreensíveis. Outra coisa importante lembrar é que as palavras da ceia remete-nos às palavras da páscoa judaica: “Eis aqui o sangue do conserto (ou testamento) que o Senhor tem feito convosco.” (Ex 24,8). Ora, ao dizer estas palavras, Moisés tinha verdadeiro sangue nas mãos. É evidente, portanto, que o NT fosse sela-do em sangue real, não em vinho simbolizando sangue. Logo, Jesus tinha sangue real nas suas mãos. Note-se também que em 1Cor 10,26 S. Paulo nos diz que o cálice e o vinho tomados pelos cristãos são a comunhão (não símbolo) com o corpo e o sangue de Cristo. Mais forte ainda é o fato de S. Paulo em 1Cor 11,27-29 exigir a comunhão dignamente. Ora, se fossem meros símbolos por que alimentar-se daquele pão e daquele vinho indignamente é tornar-se culpado do corpo e do sangue de Cristo? Não seria isso exagero? A Bíblia, então, valoriza tanto assim uma mera figura de Cristo? Se isso é verdade, então, fazer o que os evangélicos fazem contra nossas imagens é também culpar-se do corpo e do sangue de Cristo? Até porque quem representa melhor uma pessoa, um pão e um pouco de vinho ou seu retrato? Se as Escrituras dizem isso do pão e do vinho, o que não dirá do retrato? Não veem os evangélicos que sua doutrina simbolista leva-os a aceitar as imagens que eles tanto condenam?
Não adianta também pretender escapar da presença real alegando que o fato de Jesus estar ali presente fisicamente com o pão e o vinho nas mãos justifica a interpretação simbolista. De fato, Jesus que é o próprio Deus, o Todo-Poderoso, o Onipotente, poderia muito bem realizar o milagre de estar ali na mesa celebrando a ceia e ao mesmo tempo no pão e no vinho. E por que não? O Deus que criou tudo do nada, que foi gerado em Maria sem intervenção humana, que ressuscitou ao terceiro dia (desafiando até a morte) e que curou inúmeros doentes não poderia estar ali na mesa e ao mesmo tempo no pão e no vinho? Ele não é o Deus do impossível?
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Cristo disse: “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”. Nós católicos acreditamos, mesmo que não entendamos como. Os evangélicos, ao contrário, dizem: não pode ser, isso é absurdo, não cremos. Essa resposta remete-nos evidentemente aos fariseus quando negaram esse mesmo fato em João 6: “Como nos pode dar a comer a sua carne?” (Jo 6,52). Duvidando de Jesus e dele se afastando, os fariseus apenas comprovaram as palavras de Jesus que disse:”ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou o não trouxer...” (Jo 6,44), ou seja, ninguém crê nas palavras e na pessoa de Jesus se não se deixar atrair pelo dom de Deus. Aos fariseus e aos evangélicos falta-lhes isto: deixarem-se invadir pelo dom de Deus, a fé. É óbvio que estamos aqui diante de um grande mistério. Por isso mesmo é que após a consagração o sacerdote diz: Eis o mistério da fé.
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Mas sabemos muito bem que todo mistério merece credibilidade nos lábios do Senhor.
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E para fechar, veja algumas perguntinhas que simplesmente desmentem a simbologia da ceia:
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Por que todas as vezes que a Bíblia fala da Eucaristia, insistentemente usa o verbo “ser” em vez dos verbos que poderiam indicar sentido figurado? (Mt 26,26-30; Mc 14,14-25; Lc 22,7-23; Jo 6).
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Por que São Paulo não entendeu a ceia em sentido figurado, mas ao contrário repetiu o verbo “ser” em 1 Cor 11,23-29?
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Por que ao prometer a Eucaristia em João 6, no momento em que muitos discípulos se retiraram por entenderem suas palavras em sentido real, Jesus não recuou, mas perguntou aos doze se também não queriam ir com eles? (Jo 6, 53-71).
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Se Jesus queria falar em sentido figurado, por que preferiu usar o verbo “ser” aos quarenta verbos figurativos existentes no aramaico?
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Se as expressões “comer carne” e “beber sangue” em João 6 significam crer em Jesus, por que razão Nosso Senhor haveria de fazer a distinção entre duas ações diversas: comer carne e beber sangue? Além disso, onde a Bíblia afirma que tais expressões significam mesmo “crer”?
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Por que o único sentido simbólico da expressão “comer carne” na Bíblia é o de “caluniar”, “perseguir”, “injuriar” (Jó 19,22; Sl 26(27),2; Miq 3,3; Gl 5,17) e nunca o de crer?
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Admitamos, por enquanto, que Jesus falou em sentido figurado na ceia. Perguntamos, porém:
I- Jesus, o Todo-Poderoso, teria o poder de estar em todas as hóstias ao mesmo tempo caso quisesse?
II- Que verbo usaria Ele caso quisesse dizer que aquele pão e aquele vinho eram na realidade o seu corpo?
III- Em Mt 26, 26-29, por exemplo, na própria Bíblia evangélica se lê “isto significa...” ou “isto é...” ?

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