igreja de adolf hitler
Em oposição a Igreja do Reich o pastor Martin Niemöller, que discordava de algumas ideologias nazistas, tornou-se o líder da Igreja Confessional e da Liga de Emergência dos Pastores, em 1934, no Sínodo Geral, em Barmen, e Dahlem, a Igreja Confessional declarou-se a legítima igreja protestante da Alemanha e estabeleceu uma direção provisória, assim havia dois grupos afirmando constituírem legalmente a igreja.[7]
Já em julho de 1935, Hitler indicara um advogado nazista, dr. Hans Kerrl para o cargo de Ministro de Negócios da Igreja, com instrução de efetuar uma segunda tentativa de organizar os protestantes. Kerrl obteve grande sucesso inicialmente, organizando um Comitê Eclesiástico dirigido pelo dr. Zöllner, embora o grupo de Niemöller ainda afirmasse ser a única igreja legítima, cooperou com o Comitê. Mais tarde por acusar o regime nazista de anticristão, a Igreja Confessional teria seus fundos confiscados, proibira-se que fizesse coletas e centenas de seus pastores foram presos. Zöllner se demitira em 1937 por ter sido impedido de visitar alguns pastores presos pela Gestapo em Lübeck, e foi acusado por Kerrl de não ter conseguido avaliar a doutrina nazista corretamente, revelando a hostilidade do governo perante a igreja protestante e católica:
Movimento da Fé Germânica (Deutsche Glaubensbewegung, DGB) tinha como profeta Jakob Wilhelm Hauer (1881-1962) [21], professor de Teologia em Tübingen, que pregava uma fé ariana para os alemães. No livro Deutsche Gottschau, Hauer defendia que a história da Alemanha era mais do que mera seqüência de fatos, havendo na sua base uma Divindade que encarnava o espírito da raça ariana. [22]
A Páscoa de 1936, foi preparada na Alemanha como se um grande festival pagão se tratasse. As livrarias encheram-se de literatura pagã, e a bandeira azul com o disco solar dourado do “Movimento da Fé Germânica” (DGB) chegou às mais recônditas zonas rurais. Uma grande manifestação foi organizada em Burg Hunxe, na Renânia [23].
No Congresso de Nuremberg, em 1937, revivia entre os nazistas o paganismo ancestral do povo ariano, surgindo um místico laicismo como um dos tópicos centrais em discussão: para que a Alemanha voltasse à sua antiga fé, não bastava a separação da Igreja e do Estado; as Igrejas cristãs teriam que ser destruídas, e o Estado transformado numa nova Igreja; impunha-se uma nova religião Nacional [24]
Micklem, ao escrever “O Nacional Socialismo e a Cristandade”, apresenta rituais da mitologia nórdica, uma crença tipicamente pagã, onde, durante esse ritual, em 1938, o proeminente oficial nazista Julius Streicher, no festival nórdico do Solstício de Verão, perante uma enorme multidão de alemães reunidos em Hesselberg - montanha que o Fuhrer declarou sagrada -, ao lado de uma grande fogueira simbólica, disse:
É nesse ano de 1938, depois das perseguições aos judeus que vinham desde a subida ao poder de Hitler, em 1933, que a perseguição aos cristãos também passava a ser sistemática. Gerado pela ação dos responsáveis por órgãos nazistas, como destaque para, além de Goebbels, Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich [27], o nazismo entrava em clara ruptura com as igrejas cristãs, protestantes e católica.
Mais tarde, ao estudar o fenômeno totalitário, o filósofo Herbert Marcuse identifica na ideologia do nazismo várias camadas sobrepostas, considerando precisamente o paganismo, a par do misticismo, racismo e biologismo, uma das componentes essenciais da sua "camada mitológica" [28]. A perspectiva de Marcuse foi partilhada pela "Escola de Frankfurt", especialmente por Max Horkheimer e Erich Fromm.
Para Emmanuel Levinas, o Nazismo apresentava uma forma de religiosidade pagã que se opunha a toda uma civilização monoteísta [29]
fonte:wikipédia
Já em julho de 1935, Hitler indicara um advogado nazista, dr. Hans Kerrl para o cargo de Ministro de Negócios da Igreja, com instrução de efetuar uma segunda tentativa de organizar os protestantes. Kerrl obteve grande sucesso inicialmente, organizando um Comitê Eclesiástico dirigido pelo dr. Zöllner, embora o grupo de Niemöller ainda afirmasse ser a única igreja legítima, cooperou com o Comitê. Mais tarde por acusar o regime nazista de anticristão, a Igreja Confessional teria seus fundos confiscados, proibira-se que fizesse coletas e centenas de seus pastores foram presos. Zöllner se demitira em 1937 por ter sido impedido de visitar alguns pastores presos pela Gestapo em Lübeck, e foi acusado por Kerrl de não ter conseguido avaliar a doutrina nazista corretamente, revelando a hostilidade do governo perante a igreja protestante e católica:
"O Partido [disse Kerrl] se fundamenta no cristianismo positivo, o nacional-socialismo (…) O nacional-socialismo é a execução da vontade de Deus (…) A vontade de Deus revela-se no sangue alemão (…) O dr. Zölnner e o conde Galen [bispo católico de Münster] quiseram convencer-me de que o cristianismo consiste na fé em Cristo, como Filho de Deus. Isso fêz-me rir (…) Não, o cristianismo não depende do credo dos apóstolos (…) O verdadeiro cristianismo é representado pelo partido, e o povo germânico é agora convocado pelo partido, e especialmente pelo Führer, para realizar o verdadeiro cristianismo (…) O Führer é o precursor de uma nova revelação." [17]Niemöller foi preso em 1937, após oito meses foi julgado e condenado sete meses de cárcere e multa de 2.000 marcos, como já cumpriu a pena além do tempo enquanto aguardava o julgamento, foi libertado e logo depois preso pela Gestapo no Campo de concentração de Sachnhausen e depois em Dachau. No mesmo ano, 807 pastores e leigos da Igreja Confessional foram presos e a resistência decaiu. A maioria dos pastores protestantes submeteu-se à Igreja do Reich. Na primavera de 1937, respeitados bispos protestantes haviam feito declarações favoráveis ao nazismo, e decidiram na cerimônia de ordenação de todos os pastores, prestar juramente de fidelidade à Hitler, num curto período, a imensa maioria do clero protestante também fez o juramento. [7] Em 1945, em decorrência da derrota da Alemanha nazista, a Igreja do Reich se dividiria novamente em suas instituições originais.
[editar] Paganismo como religião no período de Hitler
Diversos autores escreveram sobre as influências pagã sobre o nazismo. Defendiam que seriam eles a raça ariana descendente do povo de Atlântida e o povo judeu seria a causa de sua destruição. Por intermédio dos órgãos de informação oficial, para se opor definitivamente a católicos e protestantes, há substituição do Deus monoteísta por deuses vikings.[18], como é descrito no livro "Nazismo: um assalto à civilização" é apresentado que no dia 30 de Julho de 1933 mais de cem mil nazistas tinham-se reunido em Eisenach para declarar querer tornar "a origem germânica a realidade divina", restaurando Odin, Baldur, Freia, e os outros deuses teutônicos nos altares da Alemanha - Wotan deveria estar no lugar de Deus, Siegfried no lugar de Cristo [19]. Nesses rituais, o Deus Pai e o seu Cristo eram substituídos por esse panteão pagão [20].Movimento da Fé Germânica (Deutsche Glaubensbewegung, DGB) tinha como profeta Jakob Wilhelm Hauer (1881-1962) [21], professor de Teologia em Tübingen, que pregava uma fé ariana para os alemães. No livro Deutsche Gottschau, Hauer defendia que a história da Alemanha era mais do que mera seqüência de fatos, havendo na sua base uma Divindade que encarnava o espírito da raça ariana. [22]
A Páscoa de 1936, foi preparada na Alemanha como se um grande festival pagão se tratasse. As livrarias encheram-se de literatura pagã, e a bandeira azul com o disco solar dourado do “Movimento da Fé Germânica” (DGB) chegou às mais recônditas zonas rurais. Uma grande manifestação foi organizada em Burg Hunxe, na Renânia [23].
No Congresso de Nuremberg, em 1937, revivia entre os nazistas o paganismo ancestral do povo ariano, surgindo um místico laicismo como um dos tópicos centrais em discussão: para que a Alemanha voltasse à sua antiga fé, não bastava a separação da Igreja e do Estado; as Igrejas cristãs teriam que ser destruídas, e o Estado transformado numa nova Igreja; impunha-se uma nova religião Nacional [24]
Micklem, ao escrever “O Nacional Socialismo e a Cristandade”, apresenta rituais da mitologia nórdica, uma crença tipicamente pagã, onde, durante esse ritual, em 1938, o proeminente oficial nazista Julius Streicher, no festival nórdico do Solstício de Verão, perante uma enorme multidão de alemães reunidos em Hesselberg - montanha que o Fuhrer declarou sagrada -, ao lado de uma grande fogueira simbólica, disse:
- "Se olharmos para as chamas deste fogo sagrado e nelas lançarmos os nossos pecados, poderemos baixar desta montanha com as nossas almas limpas. Não precisamos nem de padres nem de pastores"[25].
É nesse ano de 1938, depois das perseguições aos judeus que vinham desde a subida ao poder de Hitler, em 1933, que a perseguição aos cristãos também passava a ser sistemática. Gerado pela ação dos responsáveis por órgãos nazistas, como destaque para, além de Goebbels, Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich [27], o nazismo entrava em clara ruptura com as igrejas cristãs, protestantes e católica.
Mais tarde, ao estudar o fenômeno totalitário, o filósofo Herbert Marcuse identifica na ideologia do nazismo várias camadas sobrepostas, considerando precisamente o paganismo, a par do misticismo, racismo e biologismo, uma das componentes essenciais da sua "camada mitológica" [28]. A perspectiva de Marcuse foi partilhada pela "Escola de Frankfurt", especialmente por Max Horkheimer e Erich Fromm.
Para Emmanuel Levinas, o Nazismo apresentava uma forma de religiosidade pagã que se opunha a toda uma civilização monoteísta [29]
fonte:wikipédia