O QUE É MESMO O “CHEOL”? HÁ VIDA NELE?
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Testemunhas de Jeová e Adventistas do sétimo dia têm usado e abusado desse termo hebraico e do seu correspondente grego, o HADES, emprestando um conceito que foge totalmente do real sentido que tais palavras tinham no AT e no NT.
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O fato é que os melhores dicionaristas bíblicos reconhecem que tais palavras (a hebraica e a grega) têm vários significados, dependendo do contexto em que aparecem. Mas, lamentavelmente isso pouco ou nada interessa às seitas atrás citadas, porque admiti-los seria dar um tiro no próprio pé.
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Nos primórdios do AT, CHEOL aparece como um lugar subterrâneo, reino, morada ou região dos mortos, onde os judeus achavam que bons e maus ali se encontrariam adormecidos e inconscientes, depois da morte, incapazes de realizar qualquer ação. Era o que se chamava de REFAIM. O Refaim indicava os antepassados da Palestina antes da conquista dos judeus e passou a indicar os mortos localizados no CHEOL. Segundo a ENCICLOPEDIA DELLA BIBBLIA, p.1210 e 1211, a palavra traduz-se frequentemente por SOMBRA. (Elle Di Ci. Torino-Leumann, v.V)
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Afirma o GRANDE LESSICO DEL NUOVO TESTAMENTO, p. 393 que “Esta palavra (CHEOL) designa no AT a morada dos mortos, concebida como um lugar escuro (cf. Jó 10,21s) e situado debaixo da terra (cf. Jó 26,5), que dentro de suas portas (c. Is 38,10; Jó 38,17) contém para sempre (cf. Jó 7,9s; 16,22; Ecl 12,5) tudo indistintamente (cf. Sl 88(89),48.49), as sombras dos antepassados (cf. Is 14,9).”
Com essas exposições, fica-se claro que muito antes de Cristo, desde as origens do povo de Deus no AT, os judeus já acreditavam na sobrevivência humana após a morte. Ao reconhecerem o CHEOL como um lugar subterrâneo, onde se encontravam bons e maus adormecidos após a morte, incapazes de receber algo, os judeus deixam claros que NUNCA acreditaram no que crêem e professam os jeovistas e os adventistas. Enquanto tais seitas modernas crêem na destruição completa do homem pós-morte, a inexistência completa, os judeus acreditavam que a existência do homem permanece, embora sobre outro modo de ser.
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Isso é mais ainda confirmado na forte crítica que os judeus faziam à consulta dos espíritos e à evocação dos mortos (Dt 18,11). A ordem divina dizia respeito tanto aos espíritos quanto aos mortos. Se existem os espíritos, logicamente existem os mortos, e, portanto, não existe destruição humana pós-morte. Se não fosse assim, a dupla proibição não faria sentido.
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É plenamente fora de cogitação aquela velha insinuação jeovista de que Adão após a morte retornou ao estado de inexistência. A Bíblia não diz isso e os grandes especialistas no assunto estão aí para desmascarar as heresias dessa seita.
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Assim, facilmente entendemos a ideia apresentada no livro do Eclesiastes 9,5.10, texto tão manipulado por essas duas seitas. O autor inspirado não nega aí a sobrevivência do homem após a morte. Ele apenas limita-se a descrever a vida do além conforme a concepção de sua época (terceiro século A.C.): uma vida ou maneira de ser em forte oposição com a vida da terra. Acreditava-se naquele período que ali no CHEOL não havia atividade, nem paixão, nem consciência. Mas dizer que se acreditava em inexistência humana, como querem essas seitas, não é verdade.
Acreditava-se que o CHEOL era o fim das atividades terrenas e, até mesmo, o fim dos louvores ao Senhor (Sl 6,6), o fim da potência e da prepotência do homem, mas não significa o fim da existência desse homem. Em textos como Jó 26,5; Is 14,9-20 e Ez 32,17-32 vemos os autores sacros atribuindo plena existência a quem desce ao CHEOL. Obviamente, se ali o homem perdesse a sua completa personalidade, jamais tal lugar seria apresentado como o apresenta essas passagens. Dessa forma, não é verdade, repetimos, que com a morte o homem volta ao estado de inexistência ou de destruição, como apregoam tais seitas.
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Um outro sentido de CHEOL é o de túmulo ou morte. Assim, descer ao CHEOL equivale a descer ao túmulo, a morrer. É evidente que esse significado se correlaciona com o anterior. Esse sentido ocorre quando Davi, por exemplo, recomenda a Salomão, seu filho, no seu testamento, a punição de alguns culpáveis (1Rs 2,6.9).
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Um outro significado de CHEOL é o de poder invencível. Trata-se de um poder diabólico, depois do pecado (Rm 5,12). Veja também Jó 24,19. É nesse sentido que o profeta Isaias (5,14) compara o CHEOL a um monstro que abre a sua garganta para devorar. Segundo Oseias (13,14), nada o homem pode fazer contra este monstro, mas somente Deus.
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O vocábulo ABADDON, sinônimo de CHEOL no AT, conforme o contexto, contém os mesmos sentidos. Em Jó 26,6 e 28,6 significa “região dos mortos” e “morte”, respectivamente. Nos Salmos 88,12 e em Provérbios 15,12 significa “túmulo”. Como CHEOL, ABADDON nunca possui o sentido de destruição total, como pretende a seita jeovista. Em Ex 12,33 e em Apc 9,11, essa palavra significa “exterminador” que priva dos bens e da vida, mas jamais um exterminador que elimina da existência, que destrói completamente.
No NT, a palavra HADES, termo grego correspondente ao hebraico CHEOL, também contém diversos sentidos:
- Primeiramente, HADES é a “morada ou região dos mortos”. Nesse sentido, a palavra aparece em At 2,31, texto em que São Lucas adapta alguma palavras do Salmista (Sl 16,8-11), explicando como Jesus, pós-morte, não ficou na região dos mortos (hades), mas ressuscitou sem que o seu corpo se corrompesse na sepultura. É claro que aqui São Lucas não diz que Cristo descera ao inferno propriamente dito, mesmo que algumas versões bíblicas usem essa palavra. A palavra INFERNO, do latim “infernus”, também pode ter o significado de “região dos mortos”, ou seja, o sentido de CHEOL ou HADES.
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Mas, contrariamente à ideia dos primitivos judeus, o HADES ou CHEOL não guardará para sempre os seus mortos (Apc 20,13). E essa é a grande novidade trazida com a chegada de Cristo, o qual trouxe revelações inovadoras quanto ao que ocorria no além. Isso mostra definitivamente que de fato houve um desenvolvimento da mente judaica concernente sobretudo ao que ocorre após a morte do indivíduo.
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Um outro significado de HADES no NT é aquele de “poder ou força invencível, ou de envelhecimento de todas as coisas”, isto é, da “morte”. É o poder da morte, contra a qual ninguém pode fazer algo. Em 1Cor 15,54, o apóstolo São Paulo traduz CHEOL em Oseias 13,14 por “morte”. Logicamente, o apóstolo pretende dizer que a morte (CHEOL ou HADES) foi vencida por Jesus. Segundo São João, no Apocalipse (1,18), o ressuscitado, Jesus Cristo, “tem as chaves da Morte e do Hades”. Tal sentido também já tinha aparecido em Mt 16,18, em que Cristo diz que as portas do HADES jamais prevalecerão contra a sua Igreja. Obviamente, o Mestre de Nazaré está dizendo aí que o poder destruidor da morte, ou do envelhecimento de todas as coisas, não terá poder algum sobre a sua Igreja edificada sobre Pedro, mas sustentada por ele, o ressuscitado e vencedor da morte.
Em alguns momentos, no NT, HADES também indica o estado ou condição de pena dos ímpios. Esse sentido está contido, por exemplo, em Lc 16, 19-31. Esse sentido também contém uma novidade ausente da concepção do AT. Enquanto os CHEOL, no AT, era visto como um espaço que recebia a todos indistintamente, no NT, os maus têm por recompensa o sofrimento, enquanto que os bons, a felicidade eterna. Eles não têm o mesmo destino, mas destinos diferentes.
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Dessa forma, vemos como se desfaz as pretensões de seitas manipuladoras da santa palavra de Deus.
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Testemunhas de Jeová e Adventistas do sétimo dia têm usado e abusado desse termo hebraico e do seu correspondente grego, o HADES, emprestando um conceito que foge totalmente do real sentido que tais palavras tinham no AT e no NT.
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O fato é que os melhores dicionaristas bíblicos reconhecem que tais palavras (a hebraica e a grega) têm vários significados, dependendo do contexto em que aparecem. Mas, lamentavelmente isso pouco ou nada interessa às seitas atrás citadas, porque admiti-los seria dar um tiro no próprio pé.
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Nos primórdios do AT, CHEOL aparece como um lugar subterrâneo, reino, morada ou região dos mortos, onde os judeus achavam que bons e maus ali se encontrariam adormecidos e inconscientes, depois da morte, incapazes de realizar qualquer ação. Era o que se chamava de REFAIM. O Refaim indicava os antepassados da Palestina antes da conquista dos judeus e passou a indicar os mortos localizados no CHEOL. Segundo a ENCICLOPEDIA DELLA BIBBLIA, p.1210 e 1211, a palavra traduz-se frequentemente por SOMBRA. (Elle Di Ci. Torino-Leumann, v.V)
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Afirma o GRANDE LESSICO DEL NUOVO TESTAMENTO, p. 393 que “Esta palavra (CHEOL) designa no AT a morada dos mortos, concebida como um lugar escuro (cf. Jó 10,21s) e situado debaixo da terra (cf. Jó 26,5), que dentro de suas portas (c. Is 38,10; Jó 38,17) contém para sempre (cf. Jó 7,9s; 16,22; Ecl 12,5) tudo indistintamente (cf. Sl 88(89),48.49), as sombras dos antepassados (cf. Is 14,9).”
Com essas exposições, fica-se claro que muito antes de Cristo, desde as origens do povo de Deus no AT, os judeus já acreditavam na sobrevivência humana após a morte. Ao reconhecerem o CHEOL como um lugar subterrâneo, onde se encontravam bons e maus adormecidos após a morte, incapazes de receber algo, os judeus deixam claros que NUNCA acreditaram no que crêem e professam os jeovistas e os adventistas. Enquanto tais seitas modernas crêem na destruição completa do homem pós-morte, a inexistência completa, os judeus acreditavam que a existência do homem permanece, embora sobre outro modo de ser.
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Isso é mais ainda confirmado na forte crítica que os judeus faziam à consulta dos espíritos e à evocação dos mortos (Dt 18,11). A ordem divina dizia respeito tanto aos espíritos quanto aos mortos. Se existem os espíritos, logicamente existem os mortos, e, portanto, não existe destruição humana pós-morte. Se não fosse assim, a dupla proibição não faria sentido.
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É plenamente fora de cogitação aquela velha insinuação jeovista de que Adão após a morte retornou ao estado de inexistência. A Bíblia não diz isso e os grandes especialistas no assunto estão aí para desmascarar as heresias dessa seita.
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Assim, facilmente entendemos a ideia apresentada no livro do Eclesiastes 9,5.10, texto tão manipulado por essas duas seitas. O autor inspirado não nega aí a sobrevivência do homem após a morte. Ele apenas limita-se a descrever a vida do além conforme a concepção de sua época (terceiro século A.C.): uma vida ou maneira de ser em forte oposição com a vida da terra. Acreditava-se naquele período que ali no CHEOL não havia atividade, nem paixão, nem consciência. Mas dizer que se acreditava em inexistência humana, como querem essas seitas, não é verdade.
Acreditava-se que o CHEOL era o fim das atividades terrenas e, até mesmo, o fim dos louvores ao Senhor (Sl 6,6), o fim da potência e da prepotência do homem, mas não significa o fim da existência desse homem. Em textos como Jó 26,5; Is 14,9-20 e Ez 32,17-32 vemos os autores sacros atribuindo plena existência a quem desce ao CHEOL. Obviamente, se ali o homem perdesse a sua completa personalidade, jamais tal lugar seria apresentado como o apresenta essas passagens. Dessa forma, não é verdade, repetimos, que com a morte o homem volta ao estado de inexistência ou de destruição, como apregoam tais seitas.
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Um outro sentido de CHEOL é o de túmulo ou morte. Assim, descer ao CHEOL equivale a descer ao túmulo, a morrer. É evidente que esse significado se correlaciona com o anterior. Esse sentido ocorre quando Davi, por exemplo, recomenda a Salomão, seu filho, no seu testamento, a punição de alguns culpáveis (1Rs 2,6.9).
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Um outro significado de CHEOL é o de poder invencível. Trata-se de um poder diabólico, depois do pecado (Rm 5,12). Veja também Jó 24,19. É nesse sentido que o profeta Isaias (5,14) compara o CHEOL a um monstro que abre a sua garganta para devorar. Segundo Oseias (13,14), nada o homem pode fazer contra este monstro, mas somente Deus.
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O vocábulo ABADDON, sinônimo de CHEOL no AT, conforme o contexto, contém os mesmos sentidos. Em Jó 26,6 e 28,6 significa “região dos mortos” e “morte”, respectivamente. Nos Salmos 88,12 e em Provérbios 15,12 significa “túmulo”. Como CHEOL, ABADDON nunca possui o sentido de destruição total, como pretende a seita jeovista. Em Ex 12,33 e em Apc 9,11, essa palavra significa “exterminador” que priva dos bens e da vida, mas jamais um exterminador que elimina da existência, que destrói completamente.
No NT, a palavra HADES, termo grego correspondente ao hebraico CHEOL, também contém diversos sentidos:
- Primeiramente, HADES é a “morada ou região dos mortos”. Nesse sentido, a palavra aparece em At 2,31, texto em que São Lucas adapta alguma palavras do Salmista (Sl 16,8-11), explicando como Jesus, pós-morte, não ficou na região dos mortos (hades), mas ressuscitou sem que o seu corpo se corrompesse na sepultura. É claro que aqui São Lucas não diz que Cristo descera ao inferno propriamente dito, mesmo que algumas versões bíblicas usem essa palavra. A palavra INFERNO, do latim “infernus”, também pode ter o significado de “região dos mortos”, ou seja, o sentido de CHEOL ou HADES.
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Mas, contrariamente à ideia dos primitivos judeus, o HADES ou CHEOL não guardará para sempre os seus mortos (Apc 20,13). E essa é a grande novidade trazida com a chegada de Cristo, o qual trouxe revelações inovadoras quanto ao que ocorria no além. Isso mostra definitivamente que de fato houve um desenvolvimento da mente judaica concernente sobretudo ao que ocorre após a morte do indivíduo.
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Um outro significado de HADES no NT é aquele de “poder ou força invencível, ou de envelhecimento de todas as coisas”, isto é, da “morte”. É o poder da morte, contra a qual ninguém pode fazer algo. Em 1Cor 15,54, o apóstolo São Paulo traduz CHEOL em Oseias 13,14 por “morte”. Logicamente, o apóstolo pretende dizer que a morte (CHEOL ou HADES) foi vencida por Jesus. Segundo São João, no Apocalipse (1,18), o ressuscitado, Jesus Cristo, “tem as chaves da Morte e do Hades”. Tal sentido também já tinha aparecido em Mt 16,18, em que Cristo diz que as portas do HADES jamais prevalecerão contra a sua Igreja. Obviamente, o Mestre de Nazaré está dizendo aí que o poder destruidor da morte, ou do envelhecimento de todas as coisas, não terá poder algum sobre a sua Igreja edificada sobre Pedro, mas sustentada por ele, o ressuscitado e vencedor da morte.
Em alguns momentos, no NT, HADES também indica o estado ou condição de pena dos ímpios. Esse sentido está contido, por exemplo, em Lc 16, 19-31. Esse sentido também contém uma novidade ausente da concepção do AT. Enquanto os CHEOL, no AT, era visto como um espaço que recebia a todos indistintamente, no NT, os maus têm por recompensa o sofrimento, enquanto que os bons, a felicidade eterna. Eles não têm o mesmo destino, mas destinos diferentes.
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Dessa forma, vemos como se desfaz as pretensões de seitas manipuladoras da santa palavra de Deus.