Assine nosso boletim de postagens

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Livros Canônicos, Deuterocanônicos e Apócrifos::

Canônico (Autêntico), Deuterocanônico (reconhecido oficialmente algum tempo depois pela Igreja), Apócrifo (rejeitados como inspirados, mas, podem conter algumas informações corretas).

No Concílio Judaico de Jamnia que não aceitou os 7 livros, também não foi aceito nenhum Livro do Novo Testamento, inclusive os Evangelhos! Mas, a aceitação dos deuterocanônicos é evidente ao longo da história da Igreja. O historiador protestante J.N.D. Kelly escreve:
"Deveria ser observado que o Antigo Testamento admitido como autoridade na Igreja era algo maior e mais compreensivo que o Antigo Testamento protestante...ela sempre incluiu, com alguns graus de reconhecimento, os chamados apócrifos ou deuterocanônicos. A razão para isso é que o Antigo Testamento que passou em primeira instância nas mãos dos cristãos era... a versão grega conhecida como Septuaginta... a maioria das citações nas Escrituras encontradas no Novo Testamento são baseadas nelas preferencialmente do que a versão hebraica... nos primeiros dois séculos... a Igreja parece ter aceitado a todos, ou a maioria destes livros adicionais, como inspirados e trataram-nos sem dúvida como Escritura Sagrada. Citações de Sabedoria, por exemplo, ocorrem em 1 Clemente e Barnabé... Policarpo cita Tobias, e o Didache cita Eclesiástico. Irineu se refere a Sabedoria, a história de Susana, Bel e o dragão (livro de Daniel), e Baruc. O uso dos deuterocanônicos por Tertuliano, Hipólito, Cipriano e Clemente de Alexandria é tão freqüente que referências detalhadas são necessárias" (Doutrina Cristã Antiga, 53-54).

O reconhecimento dos deuterocanônicos como parte da Bíblia dada pessoalmente pelos pais também foi conferida por esses mesmos pais como uma regra, quando se encontravam nos Concílios da Igreja. Os resultados dos Concílios são especialmente úteis porque não representam a visão de uma só pessoa, mas o que fora aceito pelos líderes da Igreja de todas as regiões.
O cânon das Escrituras, Antigo e Novo Testamento, foi fixado definitivamente no Concílio de Roma em 382, sob a autoridade do Papa Damaso I. E foi logo reconhecido por sucessivos Concílios, tanto regionais como gerais. O mesmo cânon foi firmado no Concílio de Hipona em 393 e no de Cartago em 397. O fato destes Concílios não serem "ecumênicos" não rejeita o fato de suas decisões não serem aceitos como baseadas em verdade de fé. Em 405 o Papa Inocêncio I reafirmou o cânon em uma carta ao bispo Exuperius de Toulouse. Outro Concílio de Cartago, este no ano de 419, reafirmou o cânon como os seus predecessores e pediu ao papa Bonifácio que "confirme este cânon, pois estas são as que recebemos de nossos pais para serem lidos na Igreja". Todos estes canos formavam a mesma Bíblia católica atual, todos eles incluindo os deuterocanônicos.

Este mesmo cânon foi implicitamente confirmado no sétimo Concílio Ecumênico, o de Nicéia II (787), que aprovou os resultados do Concílio de Cartago de 419, e explicitamente reafirmou nos Concílios Ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546), Vaticano I (1870) e Vaticano II (1965).
Os deuterocanônicos mostram doutrinas da Igreja Católica, e por esta razão eles foram retirados do Antigo Testamento por Lutero e colocados como apêndice sem números de páginas! Lutero também retirou livros do Novo Testamento - Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse - e os colocou como apêndice, sem páginas, da mesma forma que os outros. Estes foram mais tarde recolocados de volta no Novo Testamento por outros protestantes, mas os 7 livros do AT foram deixados. Em 1827, o British and Foreign Bible Society retirou também este apêndice, sendo este o motivo pelo qual não são encontrados nas Bíblias protestantes mais contemporâneas, apesar de ainda serem encontradas em traduções protestantes clássicas, como a King James Version.

A razão porque eles foram retirados é que ensinam doutrinas católicas que os protestantes rejeitam. Acima citamos um exemplo onde a carta aos Hebreus nos mostra um exemplo do Antigo Testamento contido em 2 Mac 7, um incidente não encontrado em nenhuma Bíblia protestante, mas facilmente localizada na Bíblia católica. Porque Lutero teria retirado este livro se ele claramente serviu de fonte para aquela parte do Novo Testamento? Simples: alguns capítulos mais adiante o livro apóia a prática da oração às almas dos mortos para que sejam purificados das conseqüências dos seus pecados (2 Mac 12,41-45); em outras palavras, a doutrina católica do purgatório. Desde que Lutero rejeitou o ensino histórico do purgatório (que data de antes de Cristo, como mostra o livro de Macabeus), ele teve que retirar este livro da Bíblia e coloca-lo como apêndice. (Note que ele também retirou Hebreus, o livro que cita 2 Macabeus, e o colocou também como apêndice)
Para justificar esta rejeição a livros que estavam na Bíblia desde tempos antes dos apóstolos (a Septuaginta foi escrita antes dos apóstolos), os primeiros protestantes recorreram ao fato de que os judeus daqueles dias não honraram tais livros, retornando assim ao Concílio de Jâmnia. Mas os reformadores estavam atentos apenas aos judeus europeus; não prestando a devida atenção aos judeus africanos, como os etíopes, que aceitavam os deuterocanônicos como parte de sua Bíblia. Eles censuraram as referências ao deuterocanônicos no Novo Testamento, assim como seu uso da Septuaginta. Ignoraram o fato de que existiam múltiplos cânnos judaicos circulando no primeiro século, apelando a um Concílio judaico pós-cristão que não possuía nenhuma autoridade para com os cristãos para se falar que "os judeus não aceitaram estes livros". Na verdade, foram longe tentar buscar algo que suportasse a rejeição a estes livros da Bíblia.

Reescrevendo a história da Igreja

Anos mais tarde eles até iniciaram a propagação do mito de que a Igreja Católica "adicionou" estes sete livros à Bíblia no Concílio de Trento.

Os protestantes também tentaram distorcer as evidências patrísticas em favor do deuterocanônicos. Alguns superficialmente afirmam que os Pais da Igreja não os aceitavam, enquanto outros fazem reivindicações comedidas que certos importantes pais, como Jerônimo, também não os aceitava.

É verdade que Jerônimo, e poucos e isoladas escritores, não aceitavam alguns deuterocanônicos como inspirados. Entretanto, Jerônimo fora persuadido, contra sua convicção original, a incluir os deuterocanônicos em sua edição Vulgata pelo fato de que os livros eram comumente aceitos e era esperado que fossem incluídos em todas as edições da Bíblia.
Além do mais, deve ser documentado que em anos mais tarde Jerônimo de fato aceitou certos deuterocanônicos como inspirados. Em sua resposta a Rufino, ele defendeu bravamente as partes deuterocanônicas de Daniel mesmo que os judeus de seu tempo não o fizessem.

Ele escreveu, "Que pecado eu cometi se segui o julgamento da Igreja? Mas ele que traz acusações contra mim por relatar as objeções a que os judeus estavam acostumados a formar contra a história de Susana... e a história de Bel e o dragão, que não se acham nos volumes hebraicos, provam que ele é apenas um bajulador insensato. Eu não estava relatando minha própria visão, mas antes as questões que eles (os judeus) estavam acostumados a fazer contra nós" (Contra Rufinus 11,33 [402 d.C.]). Desta forma Jerônimo reconheceu o princípio pelo qual o cânon foi fixado - o julgamento da Igreja, não dos judeus.

Outros escritores protestantes citam como objeção aos deuterocanônicos, que Atanásio e Orígenes não os aceitavam. Ora, Atanásio aceitava o livro de Baruc (Festal Letter 39) e Orígenes aceitava todos os deuterocanônicos, mas simplesmente recomendava não os usar nos debates com os judeus.
A Igreja sempre permaneceu firme em sua afirmação histórica sobre os deuterocanônicos como inspirados e vindos com os apóstolos. O protestante J.N.D. Kelly afirma isto apesar da dúvida de Jerônimo:
"Pela grande maioria, porém, os escritos deuterocanônicos atingiram o grau de inspirados com o máximo de senso. Agostinho, por exemplo, cuja influência no ocidente foi decisiva, não fazia distinção entre eles e o resto do Antigo Testamento... a mesma atitude com os apócrifos foi demonstrada nos Sínodos de Hipona e Cartago em 393 e 397, respectivamente, e também na famosa carta do papa Inocêncio I ao bispo de Toulouse Exuperius, em 405" (Doutrina Cristã Antiga, 55-56).

Este é, portanto, um grande mito pelo qual os protestantes acusam os católicos de terem "adicionado" os deuterocanônicos à Bíblia no Concílio de Trento. Estes livros estavam na Bíblia antes de o cânon pretender ser definido, o que ocorreu só em 380 d.C. tudo o que Trento fez foi reafirmar, em face dos ataques protestantes à Bíblia católica, o que tem sido a histórica Bíblia da Igreja - a edição padrão seria a Vulgata de Jerônimo, incluindo os deuterocanônicos
Os deuterocanônicos do Novo Testamento

É irônico que os protestantes rejeitem a inclusão dos deuterocanônicos pelos Concílios de Hipona e Cartago, porque nestes Concílios da Igreja antiga também foram definidos os livros do Novo Testamento. Principalmente pelo ano 300 havia uma ampla discussão sobre quais livros exatamente deveriam pertencer ao Novo Testamento. Alguns livros, como os Evangelhos, Atos e a maioria das cartas de Paulo foram rapidamente aceitos. Contudo alguns livros, mais notavelmente Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, e Apocalipse permaneceram em ardente disputa até que o cânon foi fixado. São, de fato, "deuterocanônicos do Novo Testamento".

Enquanto os protestantes aceitam o testemunho dos Concílios de Hipona e Cartago (os Concílios que eles mesmos mais citam) para a canonicidade dos deuterocanônicos do Novo Testamento, não estão dispostos a aceitar o testemunho dos mesmos Concílios para a canonicidade dos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Realmente irônico!


Autor: James Akin
Fonte: Catholic Information Network
Tradução: Rondinelly Ribeiro

Enfim, a Igreja Católica Apostólica Romana acertou em todos os Livros que reconheceu como autênticos!!!
LISTA DOS LIVROS...
Canônicos (Autênticos desde o início do seu uso):

Antigo Testamento: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1.º Samuel, 2.º Samuel, 1.º Reis, 2.º Reis, 1.º Crônicas, 2.º Crônicas, Esdras, Neemias, Judite, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (ou Coélet), Cântico dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos, Romanos, 1.ª Coríntios, 2.ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1.ª Tessalonicenses, 2.ª essalonicenses, 1.ª Timóteo, 2.ª Timóteo, Tito, Filêmon, 1.ª Pedro, 1.ª João, e Apocalipse.

Deuterocanônico (Reconhecidos oficialmente autênticos tempo depois, embora já fossem aceitos na prática):

Antigo Testamento: Tobias, Baruc, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, 1º e 2º Macabeus. E os capítulos 3 (vers 24 a 90), 13 e 14 do livro de Daniel e as partes em grego do Livro de Ester.

Novo Testamento: Hebreus, Tiago, 2.ª Pedro, 2.ª e 3.ª João, e Apocalipse.

Apócrifos (Não Autênticos, porém, alguns contém algumas verdades):

Antigo Testamento: Apocalipse de Adão, Apocalipse de Moisés, Ascenção de Isaías, Assunção de Moisés, Martírio de Isaías, Assunção de Moisés, Martírio de Isaías, 1.º e 2.º Livro de Adão e Eva, 4.º Judas Macabeus, Salmo 151, Salmos de Salomão, Testamento de Abraão, Vida de Adão e Eva...

Novo Testamento: Apocalipse da Virgem, Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Pedro, Apocalipse de Tomé, Atos de André e Mateus, Atos de Barnabé, Atos de Felipe, Atos de João, Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de Pedro e André, Atos de Pedro e Paulo, Atos de Pedro e dos Doze Apóstolos, Atos de Judas Tadeu, Atos de Tomé, Consumação de Tomé, Declaração de José de Arimatéia, Descida de Cristo ao Inferno, Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos, Epístola de Pedro a Felipe, Evangelho de Maria Madalena, Evangelho de Matias, Evangelho de Nicodemos, Evangelho de Pedro,
Evangelho de Tomé - O Gêmeo, Evangelho Secreto de Marcos, História de José - O Carpinteiro, Infância do Salvador, Livro de João - O Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria, Martírio de André, Martírio de Bartolomeu, Martírio de Mateus, Morte de Pôncio Pilatos, Natividade de Maria, Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria, Prece do Apóstolo Paulo, Revelação de Estevão, Revelação de Paulo, Revelação de Pedro, Sabedoria de Jesus Cristo, 2.º Apocalipse de Tiago, Sobre a Origem do Mundo, Vingança do Salvador, Visão de Paulo, A Nova Jerusalém, Maldições de Satanás e seus partidários, Triunfo da Retidão, Os Últimos Dias, Palavras das Luzes Celestes, Palavras de Moisés...

Veja que os Livros Apócrifos possuem nomes e assuntos bastante interessantes, e se a Igreja Católica fosse prepotente a manipuladora da Palavra como dizem por aí, teria colocado tranquilamente esses Livros como sendo inspirados, mas, não viu neles inspiração plena quanto aos detalhes de suas narrações: Natividade de Maria, Passagem ("morte") da Bem-Aventurada Virgem Maria, Assunção da Virgem Maria, e outros...

Bem, hoje em dia, há Protestantes, inclusive Lutero (que início ao Protestantismo) aceitam os Livros Deuterocanônicos do AT e do NT. Mas, há protestantes que rejeitam os Deuterocanônicos do AT. E há aqueles que não aceitavam os Deuterocanônicos do NT, mas, hoje todos os aceitam. Os judeus só crêem nos Livros do AT, embora aceitem com respeito os Livros do NT e todos os Deuterocanônicos!

Pouco a pouco, estão concluindo que realmente os Livros da Bíblia Católica são autênticos, e são 73 livros

  ©Servos de Maria - Associação Católica Servos de Maria - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo