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quinta-feira, março 11, 2010

Jesus teve irmãos ?

OS IRMÃOS DE JESUS
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Alguns utilizam os textos de Mt 12, 46, Mc 3,31, Lc 8,19 e Jo 7,5 para "provar" que Maria teve outros filhos. Porém, vejamos se isso é assim:
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Sabemos que a Escritura não somente designa com o nome de Irmãos aqueles que são filhos do mesmo pai ou da mesma mãe, como eram Caim, Abel, Esaú e Jacó, S. Tiago Maior e S. João Evangelista (que eram filhos de Zebedeu) etc.; mas também aqueles que são parentes próximos, como tios e primos. - A Escritura está cheia destes exemplos: Gn 11,27.28; 13,8; 29,10.15; Lv 10,4, 1Cr 23,21-23 etc.
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Tanto o hebraico quanto o aramaico (alguns dos idiomas em que foi escrita a Sagrada Escritura) possuíam poucas palavras, pois eram línguas pobres de vocábulos. A palavra hebraica para “irmão” é "ha" e aramaica é “aha”. Os judeus daquele tempo empregavam essas palavras num sentido mais amplo, para expressar parentesco. Não existiam termos em hebraico nem no aramaico para expressar os diferentes níveis e graus de parentesco. "Irmão" podia significar os filhos do mesmo pai e todos os membros masculinos do mesmo clã ou tribo. No grego (outro idioma em que foi escrita a Sagrada Escritura), embora existiam as palavras “irmãos” (adelphos) e “primos” (anepsios) distintamente, mesmo assim, diversas vezes essa palavra aparece sem significar irmão consaguíneo. Em todos os textos citados acima, por exemplo, em que “irmão” significa parente, a versão grega da Bíblia, a Septuaginta, pôs a palavra “adelphos”, demonstrando que eles não entendiam que tal palavra necessariamente significasse irmão de sangue.
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Essa mesma palavra grega aparece também em Nm 8,26, 1Sm 30,23, 2Sm 1,26, 1Rs 9,13, 2Cr 29,34; At 1,15-16 e em 1Cor 15,6, e em todos esses casos, logicamente, “irmão” não quer dizer “filhos do mesmo pai e da mesma mãe”. Portanto, quando a Escritura fala em “irmãos de Jesus” não podemos entender que se trata de irmãos carnais, mas sim de parentes do Senhor.

Para provarmos que, de fato, esses irmãos de Jesus não são filhos de Maria, observe que o Tiago, um dos que encabeça a fileira destes supostos irmãos, era um dos doze apóstolos, conforme diz São Paulo em Gl 1,19. Se, porém, olharmos a lista dos doze, mencionada, por exemplo, em Mt 10,1-5, veremos dois Tiagos: um é filho de Zebedeu e o outro, de Alfeu. Não há na lista dos apóstolos nenhum Tiago filho de Maria, e, portanto, irmão legítimo de Jesus. Logo, tal expressão “irmãos de Jesus” não prova que a mãe do Senhor tivera outros filhos além dele.
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Mas, e o que dizer da expressão “até que” em Mt 1,25? O antigo significado da palavra "até" ou "até que" informa uma ação que não ocorreu até certo ponto. Isso não implica que a ação tenha ocorrido depois. Veja 2Sm 6,23: "E Micol, a filha de Saul não teve filhos até o dia de sua morte"; será que ela teve filhos após sua morte? Será que Jesus vai nos abandonar após o fim do mundo só porque ele usou o “até o dia” em Mt 28,20? É lógico que não. Portanto, tal expressão também não favorece a teologia que pretende dar filhos em demasia a Mãe de Jesus.  

Um outro texto muito usado para combaterem a virgindade perpétua de Nossa Senhora é o de Lc 2,7 que diz: "E ela deu à luz o seu filho primogênito, envolvendo-o com faixas...". Acreditam os inimigos da Igreja que a palavra “primogênito” prova que a mãe de Jesus tenha tido realmente outros filhos além dele. Mas, o que eles ignoram é que na época da redação dos Evangelhos, a palavra "primogênito" significava apenas o filho que abriu o útero materno. Veja: Ex 13,2 e Nm 3,12. O fato de Jesus ser primogênito não implica que Maria tenha tido outros filhos, pois o filho único também é primogênito. A Sagrada Escritura chama de primogênito ao primeiro filho mesmo que ele nunca tivera irmão. A própria lei da circuncisão dos primogênitos prescrevia que no oitavo dia os primogênitos fossem consagrados (Ex 22,29.30). E no oitavo dia de nascido, obviamente o primogênito ainda é o único filho. Todos os primogênitos feridos, e descritos em Ex 12,29, morreram sem nunca ter tido um irmão. Logo, a Bíblia fala em primogênito sem irmão, contrariamente ao que desejam os inimigos da Igreja.
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A fuga para o Egito narrada em Mt 2,1-23, que segundo os especialistas ocorreu quando Jesus já tinha uns dois anos de idade, demonstra que a família de Nazaré era composta de apenas três pessoas: Jesus, Maria e José. Que tal fato ocorrera quando o Senhor já tinha uns dois anos admite, por exemplo, o pastor Ezequias Soares no seu livro “Cristolo
gia: a doutrina de Jesus Cristo”, p. 75: “De Mateus infere-se que Jesus estava com cerca de dois anos de idade quando José e Maria fugiram para o Egito (2,16)...” (São Paulo, Hagnos, 2006).. O mesmo admite o pastor S.E McNair na sua obra “A Bíblia explicada”.  Em Lc 2,41-52, Jesus aos doze anos aparece constituindo uma família de apenas três membros: Jesus, José e Maria, sua mãe. A Sagrada Escritura não mostra nenhum irmão aí nesse episódio.
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Se Jesus tivesse irmãos legítimos, ficaria sem sentido a passagem de Jo 19,26-27. Todos sabemos que a lei de honrar os pais, enfatizada por Jesus em Mt 15,4, incluía o cuidar deles. Ora, como Jesus entregaria a sua mãe a João, o discípulo amado, e filho de Zebedeu com Maria Salomé (Mt 10,2; 20,20), se ele tivesse irmãos carnais, visto que a lei ordenava os filhos cuidarem de seus pais? Que a lei de honrar os pais implicava CUIDAR, FORNECER MANTIMENTOS para eles, o reconhece S. E. Mcnair, pastor protestante, no seu livro "A Bíblia explicada" citado acima (p. 320, livro publicado pela CPAD- Casa Publicadora das Assembleias de Deus). Veja ainda isto aqui:

http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=12890883198981372372&pid=1265977162643&aid=1$pid=1265977162643

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