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quinta-feira, agosto 26, 2010

Debate entre presidenciáveis na Canção Nova e TV APARECIDA


A TV Canção Nova e a Rede Aparecida promoveram, ontem, um debate entre os candidatos à presidência da República. Foram convidados para a conversa a candidata do PT, Dilma Rousseff, o candidato do PSDB, José Serra, o candidato do PSOL, Plínio Arruda, e a candidata do PV, Marina Silva. Mais uma vez José Eymael, do PSDC, ficou de fora de um debate entre os presidenciáveis, aparecendo na programação só durante a propaganda política obrigatória.
Convém ressaltar que a candidata petista, Dilma Rousseff, não compareceu ao debate, alegando “problemas de agenda”. A explicação da candidata foi ridicularizada pelo candidato Plínio Arruda, durante o debate. Ele explicou, após receber informações de seus assessores, que Dilma estava, na verdade,tuitando enquanto ouvia músicas do Pato Fu. O que a candidata do PT fez foi fugir. Fugir das embaraçosas perguntas de bioética e fugir da pressão que os jornalistas talvez pudessem fazer quanto à posição da candidata em relação ao Programa Nacional de Direitos Humanos 3.0. Sua participação no debate ou viria recheada de discursos mentirosos e mal elaborados ou certamente evidenciaria a impossibilidade de um católico votar na candidata do governo.
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O candidato Plínio Arruda, do PSOL, explicitou suas opiniões. Em dado momento, defendeu a manutenção do ensino religioso nas escolas. Se manifestou, no entanto, favorável à descriminalização do aborto e afirmou não ver nenhum problema no Programa Nacional de Direitos Humanos do governo Lula. Mostrou uma visão política e social totalmente distinta do pensamento da doutrina católica. Defendeu a implantação do sistema socialista frente à “exploração capitalista”.
O pe. Joãozinho manifestou reações diversas à participação de Plínio Arruda no debate. Primeiramente, denominou-o “genial,” chamando-o de “profeta da política” (!). Depois, exclamou: “O Plínio é a própria lucidez em vida!” Ao ouvir a opinião do candidato sobre o aborto, falou que havia sido “demagógico”. Depois de assistir às alfinetadas do candidato socialista à candidata do PV, afirmou que tinha sido deseducado e denominou o ato “ridículo”.
A militância socialista do sr. Plínio – convenhamos – assusta. Para o candidato, os problemas de violência e os crimes presentes na sociedade são todos culpa do sistema capitalista. E a solução? Qual seria? A implantação de um regime comunista. Impossível não se lembrar das palavras do papa Pio XI: “Efetivamente, o comunismo por sua natureza opõe-se a qualquer religião, e a razão por que a considera como o ópio do povo, é porque os seus dogmas e preceitos, pregando a vida eterna depois desta vida mortal, apartam os homens da realização daquele futuro paraíso, que são obrigados a conseguir na terra” (Divini Redemptoris, n. 22). Embora não assuma publicamente – e talvez nem pense dessa maneira – que não gosta da religião e que se opõe a qualquer manifestação religiosa, o pensamento do sr. Plínio de que seria possível construir “um Céu na Terra” tem suas raízes justamente nesse materialismo severamente condenado pela Igreja Católica.
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O candidato José Serra, do PSDB, foi ofuscado pela atuação de Plínio e Marina. Apesar da ausência da candidata Dilma, Serra não perdeu a oportunidade de alfinetar a concorrente direta na disputa eleitoral. Falou sobre o aborto e se manifestou contrário à realização de um plebiscito para consulta da opinião popular sobre o assunto. Criticou a candidata Dilma, por seus comentários ambíguos no que se refere à descriminalização do aborto. Nas considerações finais, se emocionou ao lembrar Zilda Arns, cuja figura o motivou em seu trabalho pela saúde.
José Serra aparenta ser um bom candidato, mas, seu passado tem algumas marcas duvidosas. Apesar de ter criticado o projeto de descriminalização do aborto durante o debate na TV Canção Nova, quando ministro da Saúde, editou uma Norma Técnica facilitando a execução do aborto. Se o projeto Ficha Limpa vale para envolvimento em escândalos de corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, certamente vale também para atuações negativas no que diz respeito à defesa do direito inalienável da vida.
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A candidata Marina Silva, do PV, insistiu na defesa de um plebiscito para tomada de decisões quanto à lei que descriminaliza o aborto e defendeu a visão de um Cristo pacifista. Por outro lado, defendeu a manutenção de símbolos religiosos em repartições públicas e, em determinado momento do debate, afirmou que “o Estado é laico, não ateu”, mostrando que laicidade não se confunde com laicismo. Defendeu também a necessidade de preservação da natureza.
O tema da mensagem do papa Bento XVI no dia mundial da Paz esse ano foi: “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação”. A Igreja é enfática em afirmar a importância do cristão se comprometer com a conservação do meio ambiente. O que se mostra bastante incoerente no pensamento de Marina é que defenda tanto o meio ambiente, mas se mostre tão “democrática” no que diz respeito à questão do aborto. Ela é claramente contra o aborto e um plebiscito no Brasilhoje daria vantagem aos defensores da vida, já que quase três quartos da população brasileira são desfavoráveis à legalização do homicídio de crianças. Mas o problema não é esse. Por acaso a decisão sobre a manutenção da vida de seres humanos deve estar sujeita à Constituição ou à opinião popular? Ora, a Lei natural e a Constituição Brasileira são claras ao defender o direito das pessoas à vida, desde o momento da concepção até a morte natural. Nesse ponto, Marina se mostra contraditória.
* * *
Traçar um resumo do que foi o debate não é tarefa fácil. Talvez se resuma aos estranhos aplausos da plateia aos trágicos comentários do socialista Plínio Arruda. Talvez se resuma à atuação pouco convincente de Serra, ou ao medo da candidata Dilma em debater assuntos que são tão importantes para o eleitorado católico. Talvez se resuma a algumas frases brilhantes proferidas por Marina durante o debate. Entre tantos talvezes, uma coisa é certa: dos candidatos com chances maiores de vitória, nenhum tem compromisso sólido com as propostas cristãs. E isso é muito triste para um país considerado “a maior nação católica do mundo”. Que Nossa Senhora Aparecida tenha misericórdia dessa Terra de Santa Cruz.
VEJAM AINDA A OPINIÃO DA REVISTA VEJA SOBRE O ASSUNTO A PETISTA FAZ CHACOTA DOS CATÓLICOS (REINALDO AZEVEDO)
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
FONTES: ECLESIA UNA E VEJA 

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