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segunda-feira, setembro 20, 2010

Igreja e Estado


http://gracamaior.com.br/ibsd-x-catolica/estado-do-vaticano-documentario-3.html
As afirmações equivocadas sobre a História do Catolicismo, contidas no link acima sobre a “origem do papado”, estão abaixo numeradas e após cada uma delas segue-se a resposta católica dos fatos como realmente se deram, e assim, saberemos como, de fato, se formou a autoridade Papal e sua ligação com o Estado (Governo). Vejamos as afirmações:

1-) Nos primeiros séculos havia uma única comunidade Cristã; Jesus havia dito: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome estarei entre eles... Eis que estarei com convosco, até a consumação dos séculos” Mateus 18:20; 28:20.

- O Cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbíteros e evangelistas como Policarpo, Ignácio, Papias, Irineu, Orígenes, Euzébio, João Crisóstomo, Cipriano, bispo de Cartago e outros.

- Entre eles não havia maiores, embora Tertuliano, advogado Cristão tenha acusado o bispo Calisto de “querer ser o bispo dos bispos” (Ano 208)

R.: Quanto a autoridade maior do Bispo de Roma, podemos lembrar que já no final do primeiro século, por volta de 96dC, surgiu uma grave crise na Igreja de Corinto exigindo pronta intervenção das autoridades da Igreja. Roma, através da Carta de Clemente (bispo de lá) intervém energicamente no conflito que havia surgido. Os sacerdotes (presbíteros) da comunidade haviam sido destituídos de suas funções por um grupo de "insensatos e arrogantes". Eis as palavras do Sumo Pontífice em resposta a tal grupo: "Éreis todos humildes e sem vanglória, procurando mais obedecer do que mandar, mais felizes em dar do que receber. Vós vos contentáveis com as provisões de viagem fornecidas por Cristo, guardáveis zelosamente as palavras dele no fundo de vossas entranhas..." (2.1). Esta mesma intervenção do Bispo de Roma é lembrada por Irineu em seu livro "Contra as Heresias" e por Eusébio em sua "História Eclesiástica".E continua ainda Clemente: "Vós que lançastes os fundamentos da revolta, submetei-vos aos presbíteros e deixai-vos corrigir com arrependimento, dobrando os joelhos de vosso coração. Aprendei a submeter-vos, depondo a soberba e a orgulhosa arrogância da vossa língua". Nesta Carta, o Papa Clemente usa sua autoridade maior, e mostra a importância das autoridades locais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Clemente_I (Papa São Clemente I)
Assim escreve S. Inácio de Antioquia já no século I (67-110dC): “A comunidade se reúne onde estiver o Bispo, e onde está Jesus Cristo, está a Igreja Católica. Sem a união do Bispo não é lícito Batizar nem celebrar a Eucaristia; só o que tiver a sua aprovação será do agrado de Deus e assim será firme e seguro o que fizerdes” (Carta aos Esmirnenses).”

Aqui se vê claramente que os fiéis não são iguais. Os fiéis bispos exerciam autoridade sobre a Comunidade Cristã. Todos são iguais como pessoas é claro, mas quanto à autoridade é claro que há diferença e submissão sim. Disse o conhecido Pastor Silas Malafaia, da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, em seu programa de TV “Vitória em Cristo” exibido em ago/2007: “Aqui dentro da igreja todos são submissos ao pastor.” Logo, fica claro que tem que se ter autoridades na igreja. Toda igreja cristã tem. Dai percebemos que, todo pastor fundador é responsável por orientar todas as igrejas que fundou, e pelos pastores de demais membros, e sempre é substituído por um sucessor quando morre.


No entanto, vale lembrar que quando Tertuliano contestou a autoridade de Calisto, Bispo de Roma na sua época, ele já era um cristão separado, pois, a partir de 207 dC, se tornou um herege, passando a ser membro de uma seita chamada de ‘Montanismo’ a qual lançou profecias que não se cumpriram (fim do mundo em poucos dias e Nova Jerusalém instalada na Frigia), não aceitavam novo casamento de viúvas, considera sem perdão pecados graves como fornicação, idolatria e homicídio, mesmo com arrependimento... São Jerônimo qualificou Montano como pregador do espírito imundo! E o pior é que algumas igrejas protestantes pentecostais afirmam que essa seita cristã foi semente para o neopentecostalismo protestante Atual! Tertuliano rejeitou a liderança do Papa Calixto (I), mas, aceitou Montano como seu líder, que é o que sempre acaba acontecendo com quem se separa da Igreja. Acaba-se apenas trocando-se de líder geral, mas sempre continua existindo um!!! No entanto, essa declaração de Tertuliano não pode ter sido no ano 208, pois, o pontificado de São Calixto I, só começou em 217DC!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tertuliano (Tertuliano)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Montanismo (sobre Montanismo)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Calixto_I (Papa S. Calixto I)

Como não citar Santo Inácio, o qual viveu entre os anos de 67-110dC, que sendo Bispo de Antioquia registra claramente as seguintes palavras aos cristãos de Roma: "Tu, [Igreja de Roma], ENSINASTES AS OUTRAS. E eu quero que permaneçam firmes as coisas que tu prescreves pelo teu ensino" (Rom, IV, 1).” [destaque meu]

Aqui, S. Inácio deixa clara a autoridade da Igreja de Roma em ensinar às demais igrejas cristãs. Vale ressaltar que o centro do Cristianismo se tornou Roma, porque o Cristianismo foi duramente rejeitado pelas autoridades religiosas de Israel. O Bispado geral passou para Antioquia, onde S. Pedro esteve um bom tempo, mas, foi fincada em Roma, com o martírio do mesmo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_de_Antioquia (S. Inácio de Antioquia)

No entanto, ainda sobre a autoridade maior do Bispo de Roma, dizia Cipriano em 249dC:“Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist. 55, n.1, Hartel, 614). O mesmo São Cipriano, escreveu ao Papa Cornélio sobre um grupo de cismáticos, que se dirigiam a Roma para falar ao Papa, exorta o santo: “Atrevem-se estes [cismáticos] a dirigirem-se à Cátedra de Pedro [Roma], a esta IGREJA PRINCIPAL de onde se originam o sacerdócio... esquecidos de que os romanos não podem errar na fé”. (Epist. 59,n.14, Hartel, 683). [destaque meu]. São Cipriano reconhece também que tal autoridade vem desde S. Pedro: "No entanto, PEDRO, SOBRE O QUAL FOI EDIFICADA A IGREJA, pelo mesmo Senhor, falando por todos, e respondendo com a voz da Igreja, diz: ‘Senhor, para onde havemos de ir? Tu tens as palavras de vida eterna; e nós cremos que tu és o Cristo, filho de Deus vivo.’" (Epístola 54, a Cornelius, n.7). E nos diz ainda: "... dado que ambos batismos são apenas um, e que o Espírito Santo é um, e a Igreja fundada por Cristo Senhor Nosso SOBRE PEDRO, por fonte e princípio de unidade, é também única." (Epístola 69, a Januarius, n. 3).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cipriano_de_Cartago (São Cipriano)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Corn%C3%A9lio (Papa S. Cornélio)

Na época de Tertuliano, o “bispo” Calisto I, já era o 16º Papa, presidindo a Igreja de 217 a 222dC (Enciclopédia Microsoft Encarta 99). E o livro “De pudicitia” (+- 220), foi escrito quando Tertuliano já caíra na heresia do Montanismo, logo, como querer que alguém que deixa a única Igreja fundada por Cristo (como o próprio Tertuliano dizia antes), reconheça então a autoridade do Papa? Ele renegou a Igreja, mesmo sabendo que ela era de fato a única deixada por Jesus. E porque? Porque via imoralidades na Igreja? Não! Porque via idolatria na Igreja? Não! Ele a deixou simplesmente porque achava que o Papa deveria absolver os pecados das pessoas apenas (em Nome de Deus) uma única vez. Ou seja, uma pessoa só podia pecar gravemente e ser perdoada uma única vez, se caísse no erro novamente não mereceria perdão, nem mesmo arrependida. Mas, e quanto ao se perdoar 70x7 vezes ao dia, conforme Jesus ensinou ? Tertuliano esqueceu disso, e é claro, a partir daí começou uma série de discordâncias como sempre. Enfim, não se pode querer que alguém que deixe a Igreja continue a reconhecer o Papa como seu líder.

http://www.intratext.com/Catalogo/Autori/AUT369.HTM (Obras de Tertuliano em latim)

Quanto aos bispos, presbíteros e evangelistas citados, ao que tudo indica, como referência de crédito no Cristianismo, no artigo aqui estudado, vejamos alguns exemplos do que eles mesmos ensinavam sobre a autoridade da Igreja de Roma e doutrina cristã:

S. Inácio (de Antioquia): "Tu, [Igreja de Roma], ENSINASTES AS OUTRAS. E eu quero que permaneçam firmes as coisas que tu prescreves pelo teu ensino" (Rom, IV, 1).”

S. Irineu: "Após o falecimento [de Pedro e Paulo], Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro [em Roma], pessoalmente deixou-nos em forma escrita aquilo que Pedro proclamara."

Orígenes (discípulo de Clemente de Alexandria): “Segundo aprendi com a tradição a respeito dos quatro evangelhos, que são os únicos inquestionáveis em toda a Igreja de Deus em todo o mundo. (...) O segundo é de acordo com Marcos, que compôs conforme Pedro explicou a ele, a quem também reconhece como seu filho em sua Epístola Geral, dizendo: ‘A igreja eleita na Babilônia [Roma, ainda não convertida] vos saúda, como também Marcos, meu filho’."[ 1 Pedro 5:13] E sobre Maria, Orígenes diz: "Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom I, in divers. - Sec. II ). Tal ensinamento de S. Pedro a Marcos em Roma é confirmado ainda por Tertuliano, São Jerônimo e Papias (110-112).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%ADgenes (Orígenes) Papias, bispo de Hierápolis (140dC): “E João, o presbítero, também disse isto: Marcos, sendo o intérprete de Pedro, tudo o que registrou, escreveu-o com grande exatidão, não, entretanto, na ordem em que foi falado ou feito por nosso Senhor, pois não ouviu nem seguiu nosso Senhor, mas, conforme se disse, esteve em companhia de Pedro, que lhe deu tanta instrução quanto necessária, mas não para dar uma história dos discursos do nosso Senhor. Assim Marcos não errou em nada ao escrever algumas coisas como ele as recordava; pois teve o cuidado de atentar para uma coisa: não deixar de lado nada que tivesse ouvido nem afirmar nada falsamente nesses relatos." Aqui é confirmado mais uma vez o contato direto de S. Pedro com S. Marcos (autor do segundo Evangelho) em Roma, segundo a própria Bíblia.

Euzébio (de Cesaréia): Foi aquele que reuniu todos os escritos dos chamados Pais da Igreja (esses líderes citados e outros antes de sua época), que comprovam a estadia e autoridade geral de São Pedro em Roma, como ainda o seu martírio, e a sua sucessão apostólica. Formando então a coletânea cristã conhecida como a obra “História Eclesiástica” ou “História da Igreja” no século 4.

S. João Crisóstomo (teólogo, escritor cristão e Patriarca de Constantinopla-séc 4-5): Defendia a presença real de Cristo na Eucaristia. Convidava a todos para a “Missa” e ele mesmo deixou uma Liturgia que até hoje é muito usada nas Igrejas Católicas do Oriente.

S. Cipriano: “Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist. 55, n.1, Hartel, 614).

E mais, Segundo o Pastor Protestante, Enéas Tognini, uma tradição antiga revela que Pedro pregava aos catecúmenos de Roma ou do oriente, e que Marcos conservou de forma escrita o que Pedro pregava – “a mão era de Marcos, mas a voz era de Pedro”, conclui. O Pr. Enéas Tognini é Presidente da Sociedade Bíblica do Brasil e deu início ao movimento pentecostal nas Igrejas Batistas

http://pt.wikipedia.org/wiki/En%C3%A9as_Tognini2-) O CATOLICISMO começou a tomar forma no ano 325dC quando o imperador romano Constantino, “convertido” ao Cristianismo convocou o primeiro Concílio das Igrejas que foi dirigido por Hósia Córdova com 318 bispos presentes. Esses bispos eram Cristãos, ainda não havia catolicismo romano.

R.: Não havia Catolicismo Romano????? Toda essência sobre uso de imagens, intercessão dos santos, veneração a Maria, dogmas marianos, papado, oração pelos mortos e tudo o mais... já eram registrados pelos cristãos em seus locais de refúgios em Roma, e outros lugares como os de seus martírios, desde o século I e possuem fundamentação bíblica!!!!

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=18297415&tid=2523652562582306182 (Igreja fundada por Cristo)

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=18297415&tid=2542030746969243014 (Testemunho das catacumbas cristãs em Roma)

Porém, o Concílio de Nicéia não foi convocado somente pelo imperador Constantino. É o que diz o respeitado historiador cristão, Eusébio, afirmando a participação do Papa S. Silvestre I nessa convocação. Citando agora o historiador católico Héfele, vemos sua afirmação de que o III Concílio de Constantinopla se iniciou assim:"Levantou-se Ario como adversário da doutrina da Trindade, Constantino e [o Papa] Silvestre convocaram o Concílio de Nicéia." (Franca, Leonel, Pe., Catolicismo e Protestantismo, Ed. Agir, 2a. Ed, pag. 90) Portanto, percebemos que o imperador convocou o Concílio de comum acordo com o Papa Silvestre, além de ter convidado os bispos a participarem sem nenhuma imposição, mas, como forma de resolver o conflito ariano, que ameaçava a ordem do império e a fé de muitos.

Além disso, a presença dos representantes (legados) do Papa confere a Nicéia o aspecto de Concílio aprovado pela Igreja. Veja:"O Concílio de Nicéia foi presidido por Osio, bispo de Córdova, mas também por Vito e Vicente, presbíteros romanos - como legados do Papa Silvestre." (...) Que Osio tivesse presidido o Concílio afirma-o Santo Atanásio, contemporâneo de fato (Apol. de fuga sua, c. 5), afirmam-no claramente os próprios hereges arianos escrevendo que Osio era quem "publicara o sínodo de Nicéia" (Ap. Athânas, Hist. arian. c. 42)".

Outra prova dessa presidência romana em Nicéia, é que as assinaturas dos três clérigos do ocidente - Osio, Vito e Vicente - estão sempre em primeiro lugar, bem como a citação de seus nomes pelos historiadores do Concílio, o que seria estranho, dado que o Concílio se deu no Oriente, e os três clérigos eram ocidentais - o primeiro um bispo espanhol e os outros dois sacerdotes romanos. Então, só o fato de serem representantes do Papa, e possuírem autoridade específica sobre os demais, explicaria a presença deles lá e de suas respectivas assinaturas em prioridade.

Pode-se ainda indicar Gelásio de Cízico (Hist. Conc. Nic. 1, II, c.5) e Sócrates (Hist. ecl., I, 13) como historiadores do Concílio, além de Eusébio de Cesaréa. Você pode encontrar um resumo do Concílio e alguns documentos (em inglês) no endereço:
http://www.newadvent.org/cathen/11044a.htm. Evidentemente a documentação é mais escassa que a de Trento, dada a antiguidade desse evento histórico. 3-) Constantino construiu a IGREJA DO SALVADOR num bairro nobre de Roma chamado Vaticanus, os bispos (papas) de então construíram vários palácios ao redor da igreja formando o Vaticano que hoje existe.

R.: As terras onde hoje se encontra o Vaticano, só foram doadas a Igreja em 756dC pelo rei Pepino, o Breve. Sendo que, em 1870 o Vaticano foi tomado pela Itália, mas, devolvido a Igreja 1929 pelo Tratado de Latrão. Constantino construiu o Templo do Salvador em Latrão, e não no Vaticano. Eram duas cidades diferentes (desde 1929 o Vaticano é um país). Latrão pertencia à família Laterani. No ano 60 dC, o cônsul Plautius Lateranus tem essas terras confiscadas pelo império romano por acusação de conspiração contra o imperador romano Nero. Em 161dC o imperador romano Marco Aurélio constrói um palácio ali, e em 226dC o imperador romano Septimus Severus devolve parte dessas terras aos Laterani. No séc 4, Latrão (e não o Vaticano) estava sob a posse de Constantino, o qual doou o Palácio de sua esposa lá localizado, ao Bispo de Roma, o Papa Silvestre I, o qual mudou o nome de “Casa de Fausta” (esposa de Constantino) para “Casa de Deus” no ano de 324dC.. Ou seja, a Igreja do Santíssimo Salvador fica em Latrão e não no Vaticano!!!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_de_Latr%C3%A3o (sobre a Basílica de S. João de Latrão, assim chamada por ficar na Praça de mesmo nome)

Os papas moraram em Latrão até a Idade Média. O Vaticano só passou a ser residência oficial dos Papas em 1377. E além do mais, embora que já houvesse cristãos no Vaticano, e São Pedro e São Paulo tenha sido sepultado lá, o Vaticano não era ainda de posse dos cristãos.

Como vimos tal posse só foi dada em 756. E mas, o antigo ‘Vaticanus’ não era localizado numa área nobre, mas fica sim, fora do centro de Roma, e na época, era pantanoso, não tendo sequer a qualidade de vida requerida para os nobres romanos! O Circo de Nero, era uma arena usada para corridas de carruagens e execuções de traidores, construída num terreno pantanoso nos subúrbios de Roma, para diversão gratuitas das pessoas mais pobres que lá moravam, ou que para lá se dirigiam nessas ocasiões. Tal região pantanosa e de baixo escalão era conhecida como Vaticanus, provável derivação de Vaticus, antiga aldeia etrusca que existia lá. E foi lá que S. Pedro foi crucificado em 67dC, e hoje é a Sede da Igreja Católica. Assim como Jesus foi crucificado em Jerusalém, porém, fora da cidade, e num lugar relativamente rejeitado pela população, conhecido como “Gólgota”, lugar da caveira.

4-) A Igreja recebeu o nome de Católica somente no ano 381, no Concílio de Constantinopla com o decreto “CUNCTOS POPULOS” dirigido pelo imperador romano Teodósio. Devido às alterações que fez, deixou de ser apostólica e não sabemos como pode ser Romana e Universal ao mesmo tempo (ver Hist. Ecles. Tom. I pg 47, Revoas).
R.: Vale concertar logo que tal Decreto é datado do ano de 380, e não de 381. Com efeito; sob o mandato do imperador romano Teodósio I (379-95), este sim, convertido ao Cristianismo Católico, e que reinou no Oriente do Império Romano, registraram-se acontecimentos importantes: Aos 28 de fevereiro de 380, o Imperador Teodósio assinou um Decreto que tornava oficial a fé cristã em Roma, declarando que ela foi "transmitida aos romanos pelo apóstolo Pedro, professada pelo Pontífice [Papa] Dâmaso e pelo Bispo de Alexandria, ou seja, o reconhecimento da Santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Com estas palavras, Teodósio abraçava para si, e para todo o Império Romano, o Credo Cristão Católico, mesmo sendo ele de território bizantino (Constantinopla). Assim, o Cristianismo, que Constantino I tornara livre em 313, era feito religião oficial do Império Romano, com reconhecimento de que veio dos Apóstolos, e de forma especial por São Pedro! Desde então, templos pagãos foram derrubados ou reformados para se tornarem templos cristãos. Os cultos aos deuses pagãos foram proibidos. Inclusive as Olimpíadas foram abolidas por Teodósio, pois, na época era mais uma ocasião de adoração e honra aos deuses greco-romanos. As Olimpíadas só foram retomadas no final do século 19!
Aliás, o nome do Documento “CUNCTOS POPULOS” também é conhecido como Código de Teodósio. O nome Teodosio significa “amigo de Deus”.

http://www.copacabanarunners.net/olimpiadas.html (proibição das olimpíadas)

E mais, a expressão ‘Católica’ (katholikós=universal, mundial) para designar a Igreja de Cristo já era usada por Santo Inácio, Pai da Igreja e Bispo de Antioquia desde o século II (+- 107dC): "Onde quer que se apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica [universal]" (Carta aos Esmirnenses 8, 2). Palavras essas que na verdade só fizeram confirmar o que os cristãos já sabiam e já viviam desde o início, devido às ordens de Jesus antes de subir ao Céu: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho...”. Pois, quando Jesus mandou que Sua Igreja estivesse em todo o mundo, manifestou Seu desejo de que ela seja mundial, universal, enfim, católica (Mt 28:19)!

O título ‘Romana’ para a Igreja Católica, não significa nacionalismo nem particularismo dos romanos. É apenas o título que indica o endereço da sede principal da Igreja. Na verdade, a Igreja, atuando neste mundo, precisa ter seu endereço ou seu referencial central, que é o do Bispo de Roma, feito Chefe visível por Cristo. Se o Bispo de Roma, por motivos extremos (como forte perseguição inimiga), estivesse morando na Inglaterra, lá seria a sede (temporária) do Catolicismo, por exemplo, mas ela continuaria sendo romana devido a sede fixa. Toda Igreja tem sua sede, inclusive as protestantes, e é geralmente de lá, que seu pastor fundador ou seu sucessor coordena todas as igrejas que por ele (ou por outros da mesma igreja) foram fundadas. Por conseguinte a Igreja Católica recebe o titulo de Romana sem prejuízo para a sua universalidade. Com Teodósio, Roma estava dizendo que a Igreja é universal, logo, também foi abraçada mais amplamente por Roma. Quis deixar claro que Roma, antes pagã, e agora cristã, não ficou de fora dessa universalidade da Igreja Cristã. Roma, pela qual a Igreja de Cristo foi mais perseguida em todos os tempos, se tornou o coração do Cristianismo Católico. Cristo deu a Vitória e a libertação que tanto os cristãos clamavam por 3 a 4 séculos (1.ª Tm 2, 1-4)!

5-) Até o século V não houve “PAPA” como conhecemos hoje, esse tratamento de ternura começou a ser aplicado a todos os bispos a partir do ano 304. (Cônego Salin, Ciência e Religião. Tom.2 pg. 56)

R.: A palavra papa vem do grego “pappas” (μπαμπάς) que significa papai. Em italiano é papa! Parece meio infantil, mas, essa forma de tratamento está ligada à intimidade e afeição espiritual. Pois, desde o Novo Testamento os Apóstolos chamam os cristãos da comunidade de filhinhos quando poderiam chamar de filhos. E isso demonstra que eles, bispos em diversas comunidades, já eram tidos como pais espirituais daqueles cristãos (Gl 4:19; 1.ª Jo 2:1.12.18.28; 3, 1:5.7.18; 4:4; 5:21; 1.ª Pd 5:13; Fl 1:10; 2.ª Tm 1:2; 2:1; Tt 1:10). Mas, como a autoridade do Bispo de Roma, foi sendo cada vez mais reconhecida durante e depois a liderança de São Pedro lá, somente ao Bispo de Roma passou-se a se chamar de papa, e por iniciativa dos próprios bispos, mas é claro que houveram aqueles que não aceitaram. No entanto, todo sacerdote paroquial é também chamado respeitosamente de padre pelos fiéis, palavra que também significa pai, mas, agora em espanhol, sem problema algum com o papa (papai) no Vaticano. Os cultos aos deuses pagãos foram proibidos. Inclusive as Olimpíadas foram abolidas por Teodósio, pois, na época era mais uma ocasião de adoração e honra aos deuses greco-romanos. As Olimpíadas só foram retomadas no final do século 19!
Aliás, o nome do Documento “CUNCTOS POPULOS” também é conhecido como Código de Teodósio. O nome Teodosio significa “amigo de Deus”.

http://www.copacabanarunners.net/olimpiadas.html (proibição das olimpíadas)

E mais, a expressão ‘Católica’ (katholikós=universal, mundial) para designar a Igreja de Cristo já era usada por Santo Inácio, Pai da Igreja e Bispo de Antioquia desde o século II (+- 107dC): "Onde quer que se apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica [universal]" (Carta aos Esmirnenses 8, 2). Palavras essas que na verdade só fizeram confirmar o que os cristãos já sabiam e já viviam desde o início, devido às ordens de Jesus antes de subir ao Céu: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho...”. Pois, quando Jesus mandou que Sua Igreja estivesse em todo o mundo, manifestou Seu desejo de que ela seja mundial, universal, enfim, católica (Mt 28:19)!

O título ‘Romana’ para a Igreja Católica, não significa nacionalismo nem particularismo dos romanos. É apenas o título que indica o endereço da sede principal da Igreja. Na verdade, a Igreja, atuando neste mundo, precisa ter seu endereço ou seu referencial central, que é o do Bispo de Roma, feito Chefe visível por Cristo. Se o Bispo de Roma, por motivos extremos (como forte perseguição inimiga), estivesse morando na Inglaterra, lá seria a sede (temporária) do Catolicismo, por exemplo, mas ela continuaria sendo romana devido a sede fixa. Toda Igreja tem sua sede, inclusive as protestantes, e é geralmente de lá, que seu pastor fundador ou seu sucessor coordena toda as igrejas que por ele (ou por outros da mesma igreja) foram fundadas. Por conseguinte a Igreja Católica recebe o titulo de Romana sem prejuízo para a sua universalidade. Com Teodósio, Roma estava dizendo que a Igreja é universal, logo, também foi abraçada mais amplamente por Roma. Quis deixar claro que Roma, antes pagã, e agora cristã, não ficou de fora dessa universalidade da Igreja Cristã. Roma, pela qual a Igreja de Cristo foi mais perseguida em todos os tempos, se tornou o coração do Cristianismo Católico. Cristo deu a Vitória e a libertação que tanto os cristãos clamavam por 3 a 4 séculos (1.ª Tm 2, 1-4)!

5-) Até o século V não houve “PAPA” como conhecemos hoje, esse tratamento de ternura começou a ser aplicado a todos os bispos a partir do ano 304. (Cônego Salin, Ciência e Religião. Tom.2 pg. 56)

R.: A palavra papa vem do grego “pappas” (μπαμπάς) que significa papai. Em italiano é papa! Parece meio infantil, mas, essa forma de tratamento está ligada à intimidade e afeição espiritual. Pois, desde o Novo Testamento os Apóstolos chamam os cristãos da comunidade de filhinhos quando poderiam chamar de filhos. E isso demonstra que eles, bispos em diversas comunidades, já eram tidos como pais espirituais daqueles cristãos (Gl 4:19; 1.ª Jo 2:1.12.18.28; 3, 1:5.7.18; 4:4; 5:21; 1.ª Pd 5:13; Fl 1:10; 2.ª Tm 1:2; 2:1; Tt 1:10). Mas, como a autoridade do Bispo de Roma, foi sendo cada vez mais reconhecida durante e depois a liderança de São Pedro lá, somente ao Bispo de Roma passou-se a se chamar de papa, e por iniciativa dos próprios bispos, mas é claro que houveram aqueles que não aceitaram. No entanto, todo sacerdote paroquial é também chamado respeitosamente de padre pelos fiéis, palavra que também significa pai, mas, agora em espanhol, sem problema algum com o papa (papai) no Vaticano. 6-) Naqueles tempos ninguém supunha que “São Pedro teria sido papa”. Criam que ele fora casado e não teve ambições temporais; os líderes do Cristianismo depois dos apóstolos foram os bispos, os pastores e evangelistas. Uma relação de “papas” começando com o apóstolo Pedro é falsa, foi forjada para valorizar os papas.

R.: Bem, quanto a São Pedro ser visto como papa, no sentido de liderança e autoridade espiritual, maior do que a dos demais apóstolos é uma evidência bíblica que até certos protestantes são levados a reconhecer! Não adianta querer procurar a palavra papa na Bíblia, assim como não adianta procurar as palavras “Reverendo”, “Pastor Presidente” e “Pastor Fundador”, que são expressões usadas por protestantes para seus líderes, e que não existem na Bíblia. A Bíblia não fala que Pedro era casado, pelo menos não depois de seguir Jesus. Fala unicamente de sua sogra, mas sogra, até viúvos têm! E quanto aos filhos de Pedro, quais eram seus nomes e quantos eram??? Nada. A Bíblia nada fala sobre isso. Nenhum historiador cristão dos primeiros séculos registrou nada sobre isso. Sempre São Pedro aparece sem esposa e sem filhos na sua vida cristã! Os únicos livros que falam da suposta esposa de Pedro e filhos são livros apócrifos, ou seja, que até os protestantes não reconhecem como inspirados, o Livro “Atos de Pedro” é um deles.

Os papas não cobiçavam bens materiais, estes lhes eram doados, como ainda são. Não ficavam em nome pessoal de nenhum deles, era um patrimônio da Igreja, assim como acontecia sobre a administração de Pedro, quando vários fiéis doavam bens como terrenos e casas, para administração de Igreja e partilha (At 4, 32-37). E até hoje a Igreja Católica partilha grande soma de dinheiro vindo das ofertas e dízimos, a vários países do mundo que esteja, em fome, peste, guerra, catástrofes naturais.... No entanto, seria interessante provar que a lista oficial de papas divulgada pelo Vaticano é falsa. Até agora ninguém provou! Porém, São Cipriano (246-249), escrevendo ao Papa Cornélio sobre um grupo cismático que se dirigia a Roma pra lhe falar, diz: “Atrevem-se estes a dirigirem-se à Cátedra de Pedro [em Roma], a esta Igreja principal de onde se originam o sacerdócio... esquecidos de que os romanos não podem errar na fé”. (Epist. 59,n.14, Hartel, 683).

Muitos protestantes, também admitem a autoridade de S. Pedro em destaque dentre os Doze Apóstolos. Vejamos algumas declarações deles:

"A autoridade de Pedro é uma autoridade de declarar o que é certo e o que é errado para a comunidade cristã. Suas decisões serão confirmadas por Deus". (New Bible Dictionary, ed. J.D. Douglas, Grand Rapids, MI: Eerdmans Pub. Co., 1962, 1018)

"Pedro não apenas exerce um papel de comando, mas este comando envolve um amedrontador grau de autoridade (embora não seja uma autoridade que ele carregue sozinho, como pode ser percebido pela repetição da última parte do versículo em 18:18, referindo-se ao grupo de discípulos como um todo). A imagem das 'chaves" (no plural) talvez sugira não tanto um porteiro, mas um mordomo, que regula a administração (Is 22, 15.22). A questão, então, não se refere à admissão da Igreja, ..., mas, a uma autoridade derivada de uma delegação de Deus. (R.T. France; in Morris, Leon, Gen. ed., Tyndale New Testament Commentaries, Leicester, England: Inter-Varsity Press / Grand Rapids, MI: Eerdmans Pub. Co., 1985, vol. 1: Matthew, 256)

"Assim como em Is 22:22 o Senhor põe as chaves da casa de Davi nas mãos de Seu servo Eliaquim, assim Jesus entrega a Pedro as chaves da casa do Reino dos Céus estabelecendo-o, com este mesmo gesto, como seu superintendente. Há uma conexão entre a casa da Igreja, cuja construção havia sido mencionada e da qual Pedro é o fundamento, e a casa celestial da qual ele recebeu as chaves. A conexão entre ambas as imagens é a noção do Povo de Deus."(Oscar Cullmann, Peter: Disciple, Apostle, Martyr, Neuchatel: Delachaux & Niestle, 1952 French ed., 183-184) "Assim, a Pedro é dada a autoridade de determinar as regras para a doutrina e para a vida ... e para exigir obediência da Igreja, refletindo a autoridade do mordomo real ou vizir [ministro de maior influência entre os demais] no Velho Testamento (Is 22, 22) (The Eerdmans Bible Dictionary (edited by Allen C. Myers, Grand Rapids, MI: Eerdmans Pub. Co., 1987 -- from Bijbelse Encyclopedie, ed. W.H. Gispen, Kampen, Netherlands, 1975 --, 1014-1015) [COLETÂNEA DO FERNANDO]

Mais provas documentais de que a expressão “papa” é bem anterior ao século 5 e já era usada em relação ao Bispo de Roma:

O Historiador Optato de Milevi, no ano 367dC, registrou: "Na cidade de Roma, quem por primeiro se sentou na cátedra episcopal foi o Apóstolo Pedro, ele que era a cabeça de toda a Igreja, (...) Os apóstolos nada decidiam sem estar em comunhão com esta única cátedra (...) Recorde a origem desta cátedra, todos que reinvidicam o nome da Santa Igreja Católica..." (O Cisma Donatista 2:2).

Escreveu São Cipriano (246-249): “Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist.55, n.1, Hartel, 614).

7-) Depois do ano 400 as igrejas viram-se dominadas por cinco “patriarcas”, que foram os bispos de Antioquia, de Jerusalém, de Alexandria, o de Constantinopla e o de Roma, ÚTERO QUE GEROU O PAPADO.
R.: As Igrejas não eram dominadas por cinco patriarcas em tom de igualdade, essas grandes Comunidades eram unicamente as maiores existentes e seus bispos os mais destacados quanto a autoridade. Porém, quando São Pedro deixou o bispado de Antioquia no séc I e administrou os cristãos a partir de Roma, esta passou a ser a Comunidade referência e seu Bispo também. Roma era a Comunidade que mais possuía cristãos na época, e era ótima como sede porque tinha acesso de ida e vinda para as regiões mais importantes, facilitando ainda mais a evangelização. Não vamos encontrar historiador cristão algum afirmar outra cidade com autoridade maior sobre os cristãos, a não ser Roma. E isso, desde o primeiro século! Ora, ter uma igreja sede, com um pastor fundador que futuramente é sucedido, é comum em todas as igrejas cristãs, inclusive em todas as igrejas protestantes. E não poderia ser diferente no início do Cristianismo, senão, a salada ia ser imensa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Estradas_consulares.svg (várias estradas que partiam de Roma para todos os lados do “mundo”)

No entanto, registra o próprio Santo Inácio, Bispo da citada Antioquia, nos séculos I e II (67-110dC): "Tu, [Igreja de Roma], ENSINASTES AS OUTRAS. E eu quero que permaneçam firmes as coisas que tu prescreves pelo teu ensino" (Rom, IV, 1).”
Lembremos de Santo Irineu, Bispo de Lyon (Gália-Ásia Menor), que conheceu pessoalmente o Apóstolo São João e outras testemunhas oculares de Jesus Cristo.

Ele também esteve em Roma, defendeu os papas Eleutério e Vitor, justamente nas questões que queriam dividir as Igrejas Ocidentais e Orientais, e combateu contra as heresias dos cristãos montanistas e depois dos cristãos gnósticos. S. Irineu, escreveu então o Documento “Carta contra as heresias” – “Adversus Haereses”, no qual também atesta já no séc II a autoridade especifica de S. Pedro citando a sucessão apostólica: "Os apóstolos Pedro e Paulo fundaram a Igreja [em Roma], e O PRIMEIRO remeteu o episcopado a Lino, a quem sucedeu Anacleto e depois Clemente."(Contra as Heresias. 3. 3. 2). "Depois de ter assim fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados Apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado... Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado... A Clemente sucedem Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino, Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos" (Contra as Heresias III, 2, 1s).

Aqui fica claro na História da Igreja, a autoridade específica de Roma sobre as demais igrejas cristãs, a partir do primado de Pedro, como também a sucessão apostólica de S. Pedro mediante eleição feita pelos próprios Apóstolos.

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/IrineuSt.html (vida e obra de S. Irineu)

Vejamos ainda, o testemunho do próprio São Clemente, Bispo da também citada Alexandria (Egito), teólogo cristão dos séculos I e II (150-215dC) que afirma ainda: "Bem aventurado Pedro, o escolhido, o preferido, o primeiro dos discípulos, único pelo qual Cristo pagou tributo. [se referindo a Mt 17, 24-27]" (‘Qui dives Salvetur’, 21, Migne, Patrologia serie Grega, IX, 625). E São Clemente fala ainda sobre o contato de Pedro com Marcos, em Roma, para lá lhe passar as palavras de Jesus: "Assim, quando a palavra divina estabeleceu-se entre os romanos, o poder de Simão [o mago] foi extinto e pereceu de imediato, juntamente com ele próprio. Mas uma grande luz de piedade iluminou a mente dos ouvintes de Pedro, de modo que não lhes era suficiente ouvir uma vez nem receber o ensino não escrito da proclamação divina, mas com todo tipo de exortação suplicaram a Marcos, cujo Evangelho temos, que, como companheiro de Pedro [em Roma], lhes deixasse um registro escrito do ensino que lhes fora dado verbalmente. Também não interromperam os apelos até o convencer, tornando-se assim a causa da história chamada Evangelho segundo Marcos. E eles dizem que o apóstolo (Pedro), sabendo por revelação do Espírito o que fora feito, agradou-se com o zelo fervoroso expresso por eles e ratificou a escritura para que fosse lida nas igrejas."

Conforme estamos vendo, podemos perceber claramente que o Papado (liderança geral da Igreja) teve início com S. Pedro em Jerusalém, passou por Antioquia quando o mesmo lá foi Bispo, chegou a Roma, e lá se instalou até a morte deste Apóstolo. Tendo continuidade com seus sucessores, a partir de São Lino.

8-) As igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o papa Inocêncio I, ano 401, que dizendo-se “Governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele”.

R.: Primeiro precisamos entender que o Papa, isto é, o Bispo de Roma, não governa a Igreja sozinho e sim, com os bispos, embora que tal frase acima atribuída ao papa, não possua fonte alguma para se garantir que Inocêncio I tenha realmente dito isso. O papado, ou seja, a liderança geral das igrejas cristãs a partir do Bispo de Roma, já foram citadas por S. Irineu, S. Inácio de Antioquia, S. Clemente.
Autor: Emerson

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