Miles Christi
Miles
Christi
"E que para sempre maldito seja, peito em que coração covarde lateja".[1]
"E que para sempre maldito seja, peito em que coração covarde lateja".[1]
Por Jefferson Nóbrega
Que marchem os inimigos com sua infidelidade
Que suas espadas sejam as vozes de sua maldade!
Que marchem os inimigos com sua infidelidade
Que suas espadas sejam as vozes de sua maldade!
Não recuaremos, não capitularemos, jamais nos
entregaremos!
Ó valente cruzado de espada
cingida!
Cavalgas com glória, mansidão e justiça!
A cruz que vai a frente será seu guia;
Tu serás vencedor enquanto a manter erguida!
Cavalgas com glória, mansidão e justiça!
A cruz que vai a frente será seu guia;
Tu serás vencedor enquanto a manter erguida!
Ó valoroso guerreiro chame pelo
grande São Miguel;
Para que teu gládio não seja instrumento injusto;
Que o príncipe das milícias do Céu;
O faça um justo cavaleiro nesse mundo!
Para que teu gládio não seja instrumento injusto;
Que o príncipe das milícias do Céu;
O faça um justo cavaleiro nesse mundo!
“Oh
Deus, Vós só permitistes aqui na terra o uso da espada para combater a
malícia dos maus, e para defender a justiça. Fazei, pois, que vosso
cavaleiro jamais utilize do gládio para lesar injustamente quem quer que
seja; mas que se sirva dele, para defender, aqui na terra, o que é
justo e reto” .[2]
Bendita seja o Senhor que
forjou vossas mãos para o combate,
Que entregou ao vosso coração essa grandiosa coragem!
Deus agora vos faz a muralha de sua Igreja,
Vossa vida é a arma dada para que tu a protejas!
Ó intrépido guerreiro é pelos pequenos que tu lutas;
Seja sempre o guardião dos fracos, órfãos e viúvas;
Que entregou ao vosso coração essa grandiosa coragem!
Deus agora vos faz a muralha de sua Igreja,
Vossa vida é a arma dada para que tu a protejas!
Ó intrépido guerreiro é pelos pequenos que tu lutas;
Seja sempre o guardião dos fracos, órfãos e viúvas;
"Diante dos pobres é preciso que te humilhes, é preciso que te faças pequeno. Tu lhes deve ajuda e conselho". [3]
Ó Vassalo de Deus que deixaria escapar uma lágrima;
Ao ver o mundo moderno, a batalha abandonada,
Triste seria para um guerreiro com essa época deparar;
E ver a coragem Católica ante o mundo bruxulear!
" Por que os inimigos de Deus não são mais os inimigos dos cristãos?" [4]
Ó triste "cavaleiro" pacifista!
Para quem a guerra justa tornou-se ilícita!
Triste exército derrotado por dentro
Tiraram-lhe a fé e venceram-no em pouco tempo!
Que fareis, bravos cavaleiros? Que fareis, soldados cristãos? Deverei crer que lançareis aos cães o que é sagrado, e as pérolas aos porcos? (Mat. 7,6) - [5]
Ó triste "Paladino" que já não enxerga mais os inimigos
Que foi derrotado pelo maior dos infiéis: O Relativismo!
Filhos da grandiosa Cavalaria;
Despertem em vossos corações a coragem adormecida!
E defendam vossa Madre quando for preciso;
"Vivamos ou morramos somos de Cristo!" [6]
“Recebe esta espada, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, serve-te dela para tua defesa, para a defesa da Santa Igreja de Deus e para a confusão dos inimigos da Cruz de Cristo. Vai e lembra-te que os santos não conquistaram os reinos pelo gládio, mas pela fé". [7]
O Deus dos Vivos encarregou-me de proclamar que se vingará de todos os que se recusem defendê-lo de seus inimigos. Às armas, pois! Que uma indignação sagrada vos anime ao combate, e que o grito do profeta vibre por toda a cristandade: "Maldito seja aquele que não ensangüentar a sua espada" (Jerem. XL VIII, 10). [8]
Jefferson Nóbrega
O poema teve como inspiração o maravilhoso artigo "A cavalaria" do professor Orlando Fedeli.[9]
[1] - Chanson de Roland, XCIII.
[2] - L. Gautier, La Chevalerie, pg. 86 da edição original, p.52 da edição Arthaud.
[3] - Carlos Magno (L.Gautier, ob. cit. pg.53 da edição original).
[4] - Guilherme de Tiro pregando a 3ª cruzada - apud Joseph François Michaud, História. das Cruzadas, Ed.das Américas, São Paulo, 19 ??, 7 volumes, Vol. IIl, -pg.12.
[5] - J.F. Michaud, História das Cruzadas, ed. cit., vol.II - pp..235/236 e A. Lubby, S. Bernardo
[6] - São Bernado Claravaral - Elogio aos Templários
[7] - L.Gautier, La Chevalerie, edição original, p.. 47 (Essa era a benção dada pelo Bispo ao novo Cavaleiro).
[8] - (S. Bernardo) J.F. Michaud, História das Cruzadas, ed. cit., vol.II - pp..235/236 e A. Lubby.
[9] - Fedeli, Orlando - "A Cavalaria" MONTFORT Associação Cultural.