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domingo, novembro 28, 2010

O novo Prefeito da Congregação para o Clero responde



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Oferecemos abaixo nossa tradução do trecho de uma entrevista concedida pelo novo Prefeito da Congregação para o Clero, Dom Mauro Piacenza, ao jornal Avvenire, disponibilizada em italiano no link que segue. O cardeal responde quais serão os seus desafios à frente da Congregação e faz alguns apontamentos importantes com relação à crise de vocações sacerdotais e ao escândalo dos abusos sexuais cometidos por membros do clero.  O texto da entrevista foi traduzido para a língua espanhola pelo blog La Buhardilla de San Jerónimo.
http://www.arautos.org/resource/view?id=27851&size=2Com que o espírito o senhor guiará a Congregação para o Clero?
Espero que com o Espírito Santo! E tem-se a segurança de atuar no Espírito Santo se se está na comunhão verdadeira, leal e afetiva com o Papa. O serviço aos sacerdotes sempre animou, de modo particular, o meu ministério: desde jovem sentia como uma exigência de mim mesmo ser sacerdote. Estou muito contente, hoje, de poder oferecer a minha humilde colaboração ao Santo Padre no cuidado daqueles que são pupila oculi do Papa, indispensáveis colaboradores da Ordem episcopal para a missão da Igreja.
Quais são as principais linhas de ação que seguirá nesta tarefa?
A formação do clero, nas atuais circunstâncias, representa certamente uma prioridade à qual eu gostaria de colocar a justa atenção, tendo presente que a reforma da Igreja nasce quando dobramos os joelhos, nasce daquele espírito de oração que reconhece o primado absoluto de Deus na própria existência e na história. Disto brotam as conseqüências operativas.
O senhor seguiu bem de perto a concepção e a realização do Ano Sacerdotal. Que herança deixa este período vivido com base no exemplo da memória de São João Maria Vianney?
Certamente uma recentralização naquilo que, na vida do sacerdote, é essencial, superando os diversos “reducionismos secularizantes” que tem ocorrido nas últimas décadas. Olhar para São João Maria Vianney significa redescobrir o primado da Eucaristia, cotidianamente celebrada e adorada, da Confissão sacramental, recebida e oferecida, e da paciente escuta dos irmãos naquele importantíssimo serviço de guia das consciências na direção espiritual. Olhar para o Cura de Ars significa olhar para um sacerdote autêntico, que vive o Amor do Coração de Jesus, significa compreender o que se deve fazer para formar os sacerdotes para a eficácia do ministério pastoral.
Nos últimos anos, tem se dado uma grande ênfase no triste fenômeno dos abusos sexuais. De que maneira a Igreja pode viver e superar esta crise?
Com o esclarecimento da responsabilidade dos indivíduos, seguindo o exemplo do Papa Bento XVI; com o atento e devido cuidado pastoral com as vítimas; redescobrindo o grande valor da penitência e da reparação e, certamente, vivendo aquela fidelidade radical a Cristo, à Igreja e ao próprio estado de vida, que é capaz por si só de voltar a apresentar ao mundo a verdadeira figura do sacerdote.
De que modo se pode responder à crise de vocações que ameaça nossas comunidades?
Através da oração ao Senhor da messe, através do claro e humilde reconhecimento dos erros cometidos, através da fidelidade ao que somos e ao que devemos ser. As vocações – é um fato – florescem ali onde há radicalidade na fé, caridade evangélica, claridade de identidade e alegre entusiasmo. Os movimentos e as novas comunidades são exemplos neste sentido. O fato de ter se diluído, quase perdido, a identidade sacerdotal, que surge da configuração ontológica a Cristo Sacerdote, influenciou os jovens e fez com que eles perdessem toda forma de interesse pela especificidade da vocação sacerdotal. Não nos fazemos sacerdotes para ser “super-animadores” da comunidade, mas sim para ser no mundo a representação sacramental, portanto, real, de Jesus Cristo.
fonte:

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