Sidney Silveira fala sobre o pudor e a modéstia a luz da teologia de Santo Tomás de Aquino
Segundo São Tomás de Aquino relata na suma teológica secunda secundae (segunda parte da segunda parte da suma teológica) ( Questão 151) Nesta questão São Tomás de Aquino comenta o pudor e a modéstia a partir do grande filosofo Aristóteles na sua obra a ética nicômaco .
O pudor é algo ordena a castidade .
Hoje nós associamos algo a fim do prazer, o casto é a pessoa que por amor e obediência mantém a si próprio um freio psicológico.
Conforme pensava Aristóteles o pudor é o mecanismo de vigilância e auto censura que evitava a indiscrição no agir e no falar e lhe dava o auto controle. Pelo pudor preservamos aquilo que é mais intimo em nós não apenas no que tange o aspecto físico mas também naquilo que tange nos aspectos propriamente integrantes da vontade e da inteligência a pessoa pudica no sentido metafisico do termo tem esse critério de julgamento pelo qual evita colocar-se em situações desembaraçosas para aquilo que ela tem de mais intimo em sua alma são os atos de entender e querer , porque ela tem critérios para entender melhor a realidade e preserva-se naquilo que é só seu intimo e indevassável e portanto tem esse mecanismo de auto censura e de defesa sem o qual não se chega a virtude do autocontrole . Diz São Tomás ao citar o pudor na questão 151 da secuanda secundae que o pudor ordena a castidade mais hoje numa sociedade como a nossa predominantemente Hedonista (Doutrina que afirma constituir o prazer o fim da vida.) falar de castidade é tocar num tema muito delicado na medida em que hoje nós associamos os atos propriamente humanos e damos a eles melhor dizendo um fim prazeroso como se o prazer fosse aquilo que eles se destinam essencialmente . Então a virtude da castidade para Santo Tomás eu reitero aqui o que eu disse pra entender o pudor temos que entender a castidade, ela é aplicação da virtude da temperança aos ímpetos da sensibilidade humana, ou seja o casto é a pessoa que por amor a Deus põe um freio aos ímpetos da sensibilidade, em amor e obediência a Deus com intuito melhorar como pessoa literalmente, pela castidade por exemplo evitam-se excessos e desequilíbrios os quais são bastantes típicos nas pessoas impudicas as pessoas que não tem a virtude do pudor que tendem esfregar na cara das pessoas os seus atos libidinosos como se fossem uma coisa banal. A castidade apazigua a vontade e a inteligência na medida que põe um freio psicológico muito importante para a formação do caráter. A inteligência pela virtude da castidade ao qual pudor se ordena ela alça voos muitos mais altos conforme afirma Santo Tomás a alma casta filosofa de forma superior, e que alma não casta é inapta a filosofia. É pelo amor que tornamos propriamente humanos.