Demolays
Os demolays que visitam este
blog sempre usam o mesmo discurso. “Vocês dizem isso porque não aceitam
que a Igreja perca o poder e a influência que tanto tinha na Idade
Média”; “Vocês são inimigos da razão e da ciência, intolerantes e
ignorantes”; “Vocês deveriam parar de julgar porque isso contradiz os
ensinamentos de Cristo”; “Vocês têm que deixar de lado esses
dogmatismos e precisam estar do lado da liberdade, da igualdade e da
fraternidade”; “Isso que você tem é inveja”; “Você não foi admitido
pela Ordem e se revoltou”. Ou se presencia um show de críticas infundadas ou um espetáculo recheado de liberalismo anticlerical.
Todos os textos que escrevi sobre o assunto giram em torno de um fato: um católico de fato não pode pertencer à Maçonaria sem que cometa pecado grave. É a lei à qual devem obedecer os católicos que queiram estar em coerência com a fé que professam. A afirmação está contida em um documento da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé
e “não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se
sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique
derrogação” daquilo que é ensinado pela documento. A lógica é simples:
Um católico deve obediência à Igreja Católica. A Igreja deixa clara a
incompatibilidade entre os ensinamentos da Palavra de Deus e a
filosofia maçônica. Quem quer ser católico mas deseja, ainda assim,
participar de associações maçônicas, está sendo incoerente.
Os motivos pelos quais a Santa Igreja
condena a Maçonaria são vários. Recomendo, para um conhecimento melhor
do assunto, a leitura do livro A Maçonaria no Brasil,
do frei Boaventura Kloppenburg. Exponho aqui um dos principais motivos
da condenação: a Igreja de Cristo ensina que a verdade é absoluta e
objetiva. Assim, ela é exterior aos indivíduos e pode ser conhecida ou
pelo uso da razão ou pela Revelação de Deus. A Maçonaria e as demais
associações ligadas a ela, no entanto, pregam que a verdade é relativa,
ou seja, ela está na constatação pessoal de cada pessoa. “O que é
verdade para você não é verdade para mim”. Assim seria possível que
duas coisas completamente diferentes fossem, as duas ao mesmo tempo,
verdades. Aqui está um motivo da condenação: o pensamento relativista presente na filosofia da Maçonaria.
Há muitos outros motivos, mas gostaria de me ater, agora, de maneira particular, aos comentários que recebi de demolays e simpatizantes da Ordem nesse fim de semana.
Parem de exaltar Galileu Galilei como herói da ciência e da razão, por favor. Vocês sequer conhecem a história do homem e vêm aqui defender o sujeito como uma pessoa que lutou contra a intolerância religiosa do seu tempo e contra as imposições
da Igreja. Certamente muitos desses acham que Galileu foi queimado na
fogueira da Inquisição ou que certamente tinha argumentos espetaculares
para defender a até então teoria heliocêntrica. Vão ler, pelo amor que vocês têm ao Grande Arquiteto do Universo, um livro de história ou mesmo um texto confiável sobre o assunto,
na internet ou em alguma biblioteca do mundo. Vão conhecer um pouquinho
da história da Igreja, do contexto histórico no qual se deu a
Inquisição, de quem foi o cardeal Roberto Belarmino, do que foi de fato
o caso Galileu…
Parem de dizer que estamos julgando os demolays e que isso é contra os preceitos evangélicos. Estamos debatendo ideias, e não pessoas.
Estamos discutindo pensamentos, afirmações, noções morais. Isso nada
tem a ver com “julgar” conduta das pessoas. Todo cristão tem a
obrigação de combater aquilo que é de espírito contrário aos
ensinamentos da Igreja de Cristo: “Não tenhais cumplicidade nas obras
infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente” (Ef
5, 11).
Parem de fugir do foco do assunto. Os demolays
transitam da Inquisição, vão às Cruzadas, chegam ao nazismo e param na
pedofilia. Mas, falar da relação inconciliável entre o pensamento
católico e a filosofia maçônica, que é o importante, não falam. Falam
que não temos argumentos, mas não rebatem aquilo que falamos e ainda
ficam balbuciando besteiras.
Não dá pra conciliar a doutrina da
Igreja com aquilo que diz a Maçonaria. Se quiserem discutir seriamente
aquilo que foi proposto, comentem. Se quiserem debater outros temas,
vão a posts específicos. Mas, sejam diretos, objetivos, coesos, concisos, por favor.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Salve Maria Santíssima!
Autor:Everth Queiroz Oliveira