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quinta-feira, novembro 22, 2012
sexta-feira, janeiro 21, 2011
A importância da oração pelas almas do Purgatório
Esta
reflexão, retirada do blog Escola Católica, mostra-nos a importância da
confiança na Divina Providência e a importância da oração pelas almas do
Purgatório e sua intercessão e ajuda. Boa leitura!
Quando Jeanne-Marie saiu do
hospital, sentia-se só, abandonada e sem apoio. Como único patrimônio,
restava-lhe no bolso uma moeda de um franco.
Nenhum ruído externo, porém, era
capaz de arrancar de suas profundas reflexões uma moça de aspecto
humilde e testa franzida, que caminhava com passo resoluto.
A jovem Jeanne-Marie, nascida
num vilarejo da Bretanha, fora educada por seus pais no santo temor de
Deus. Sua modesta condição a obrigara, quando ainda muito nova, a buscar
emprego junto a uma rica família.
Desde a infância, tinha ela o
piedoso costume de mandar celebrar todo mês uma Missa em sufrágio das
almas do purgatório. Devendo abandonar sua vila natal para acompanhar
seus patrões que se mudavam para a capital francesa, manteve-se fiel a
esse ato de caridade, e assistia ela mesma ao Santo Sacrifício, durante o
qual unia suas orações às do sacerdote, pedindo especialmente em favor
daquela alma cuja libertação dependesse apenas de uma última prece.
Algum tempo depois de
estabelecer- se em Paris, foi acometida por uma grave enfermidade que
não só esgotou suas forças físicas, como lhe fez perder o emprego e
consumiu todas as suas economias.
Quando, finalmente, saiu do
hospital, sentia-se só, abandonada e sem apoio. Como único patrimônio,
restava- lhe no bolso uma moeda de um franco. Possuía, entretanto, algo
mais valioso que todo o ouro do mundo: a confiança em Deus e em Nossa
Senhora.
Após uma fervorosa oração,
dirigiu-se apressadamente a uma agência de emprego. Ao passar em frente à
Igreja de Santo Eustáquio, algo a impeliu a entrar. O ambiente elevado,
o som do órgão, a tênue luz que penetrava através dos vitrais,
revestindo tudo de uma feeria de cores, encheram-na de paz e lhe fizeram
esquecer por um momento sua dramática situação.
À vista de um sacerdote que se
preparava para celebrar num dos altares laterais, lembrou-se de que
naquele mês não havia mandado rezar a costumeira Missa pelas almas do
purgatório.
Sempre lhe custara certo esforço
reunir algumas moedas para a espórtula, mas hoje isto constituía um
verdadeiro sacrifício… entregar o último franco que lhe restava
equivalia a não ter mesmo com que saciar a fome naquele dia. A luta
interior entre a devoção e a prudência humana foi de curta duração: logo
venceu a primeira, pois Jeanne-Marie era pobre dos bens desta terra mas
rica de amor de Deus.
Com a firme convicção de que
Aquele que disse: “Olhai para as aves do céu que não semeiam, nem
ceifam, nem fazem provisões nos celeiros” (Mt 6,26), não a desampararia,
dirigiu- se à sacristia e, como a viúva pobre do Evangelho, entregou
sua última moeda de um franco, solicitando que aquela Missa fosse
celebrada na intenção de suas queridas almas do purgatório. Depois de
assistir com muita devoção ao Santo Sacrifício, pôs-se novamente a
caminho.
Sentia-se mais leve, não pelo
vazio de seu bolso… mas porque, desprovida de todo recurso humano,
abandonara- se exclusivamente ao beneplácito da Divina Providência. Seu
coração, este sim, estava cheio. Cheio de uma nova confiança que
sobrepujava certa ansiosa inquietude com relação ao futuro: qual seria
seu destino? Caminhava mergulhada nesses pensamentos quando uma voz a
interrompeu:
- Estás à procura de um emprego?
- Sim, senhor – respondeu, surpresa e com uma estranha sensação de estar em outro mundo.
- Pois bem, vai à Rua Tivoli nº 48 e fala com a Sra. Zélia. Ela está precisando de uma empregada e te receberá com bondade.
Não foi difícil achar a casa
indicada. Chegou justamente no momento em que saía uma moça,
resmungando, com um pacote embaixo do braço. Jeanne-Marie lhe perguntou
se a dona da casa se encontrava.
- Talvez sim, talvez não! Não me
interessa! Ela abrirá a porta se quiser. Não tenho mais nada a ver com
isso! – respondeu ela sem se deter. Com mão temerosa, nossa pobre jovem
tocou a sineta. Seu medo, porém, logo se dissipou ao ouvir uma voz doce
chamando-a para entrar. Ao deparar-se com uma venerável senhora, de
olhar bondoso, tomada de coragem, ela lhe expôs o motivo de sua visita:
- Soube que a senhora necessita de uma empregada e vim oferecer-me, pois me asseguraram que aqui seria recebida com bondade.
- Minha cara jovem, o que acabas
de me dizer é extraordinário! Hoje pela manhã eu absolutamente não
precisava de ninguém. Mas há cerca de uma hora tive de despedir uma
insolente empregada, e ninguém no mundo, salvo ela e eu, sabe disso.
Quem, pois, te envia?
- Foi um senhor ainda jovem que
me parou na rua e me deu essa informação. E estou muito agradecida a
Deus e a ele, pois necessito conseguir um emprego ainda hoje, já que não
possuo mais um centavo sequer…
A distinta dama permanecia
pensativa, não podendo compreender quem seria esse estranho personagem.
Jeanne-Marie, erguendo casualmente os olhos, viu um quadro na parede e
exclamou:
- É este o homem que me encaminhou para cá! Venho da parte dele!
Ao ouvir estas palavras, Da.
Zélia soltou um grito e esteve a ponto de desmaiar. Pediu que a moça lhe
contasse como fora o encontro com ele na rua. Ela narrou com
simplicidade seu costume de socorrer as almas do purgatório, a Missa que
mandara celebrar havia pouco e, por fim, o episódio do encontro com o
jovem que se mostrava radiante de felicidade, logo ao sair da igreja. A
nobre senhora ouviu tudo com atenção e, no final, disse emocionada:
- Não serás minha empregada,
considero-te como filha! Este é meu filho… meu único filho, morto há
dois anos, que deve a ti sua libertação das penas do purgatório. Em
recompensa de tua generosidade, Deus lhe permitiu enviar-te aqui. Que
Deus te abençoe! A partir de agora, rezaremos juntas por todos os que
sofrem no lugar de purificação e dependem de uma prece para entrar na
bem-aventurança eterna.
Fonte: Tradição em Foco
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